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22/02/2007
-
11h01
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Presos de unidades de São Paulo mantêm nesta quinta-feira o protesto que eles mesmos chamaram de greve branca, de acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).
Na quarta (21), primeiro dia do protesto, o movimento atingiu 80 das 144 unidades prisionais do Estado. A secretaria ainda não divulgou novo balanço.
Com o movimento, os presos se recusam a sair para audiências em fóruns e para o trabalho. Os serviços de alimentação, lavanderia e atendimento médico estão mantidos. De acordo com a SAP, não há registro de incidentes nas unidades envolvidas no protesto.
O motivo do protesto não foi confirmado. Uma das possibilidades seria a suspeita de maus-tratos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de São Paulo) --unidade que abriga integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
No último dia 6, uma vistoria foi feita na unidade e alguns presos foram trocados de cela. Dois deles, Gegê do Mangue e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, ambos ligados à facção, se recusaram a deixar suas celas e houve um tumulto. Segundo a secretaria, vidros foram quebrados. Na ocasião, 13 porções de maconha, quatro celulares e chips foram apreendidos na unidade.
A SAP afirma não ter informações sobre maus-tratos e informou que o Ministério Público investiga a denúncia.
Já alguns funcionários do sistema prisional disseram acreditar que o protesto foi causado porque, na última segunda-feira, o homem apontado como um dos maiores contrabandistas do país, Law Kin Chong, foi autorizado a deixar a Penitenciária José Parada Netto, em Guarulhos (Grande São Paulo), e ir à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Law teria ido visitar o pai, que está internado. Os demais presos teriam se revoltado em razão de o prisioneiro ter ido ao hospital, escoltado por mais de dez PMs, dentro de uma ambulância e não em um carro especial para transportar detentos.
Na versão dos funcionários, os presos afirmam que houve privilégio a Law. Isso porque, muitas vezes, presos doentes deixam de ser removidos das penitenciárias onde estão porque a Administração Penitenciária alega falta de condições de segurança para retirá-los dos presídios. Questionado por escrito pela Folha, o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, não se manifestou sobre o suposto privilégio concedido a Law.
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Presos mantêm protesto em unidades de São Paulo
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da Folha de S.Paulo
Presos de unidades de São Paulo mantêm nesta quinta-feira o protesto que eles mesmos chamaram de greve branca, de acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).
Na quarta (21), primeiro dia do protesto, o movimento atingiu 80 das 144 unidades prisionais do Estado. A secretaria ainda não divulgou novo balanço.
Com o movimento, os presos se recusam a sair para audiências em fóruns e para o trabalho. Os serviços de alimentação, lavanderia e atendimento médico estão mantidos. De acordo com a SAP, não há registro de incidentes nas unidades envolvidas no protesto.
O motivo do protesto não foi confirmado. Uma das possibilidades seria a suspeita de maus-tratos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de São Paulo) --unidade que abriga integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
No último dia 6, uma vistoria foi feita na unidade e alguns presos foram trocados de cela. Dois deles, Gegê do Mangue e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, ambos ligados à facção, se recusaram a deixar suas celas e houve um tumulto. Segundo a secretaria, vidros foram quebrados. Na ocasião, 13 porções de maconha, quatro celulares e chips foram apreendidos na unidade.
A SAP afirma não ter informações sobre maus-tratos e informou que o Ministério Público investiga a denúncia.
Já alguns funcionários do sistema prisional disseram acreditar que o protesto foi causado porque, na última segunda-feira, o homem apontado como um dos maiores contrabandistas do país, Law Kin Chong, foi autorizado a deixar a Penitenciária José Parada Netto, em Guarulhos (Grande São Paulo), e ir à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Law teria ido visitar o pai, que está internado. Os demais presos teriam se revoltado em razão de o prisioneiro ter ido ao hospital, escoltado por mais de dez PMs, dentro de uma ambulância e não em um carro especial para transportar detentos.
Na versão dos funcionários, os presos afirmam que houve privilégio a Law. Isso porque, muitas vezes, presos doentes deixam de ser removidos das penitenciárias onde estão porque a Administração Penitenciária alega falta de condições de segurança para retirá-los dos presídios. Questionado por escrito pela Folha, o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, não se manifestou sobre o suposto privilégio concedido a Law.
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