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06/03/2007
-
10h57
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
Um deslizamento de aproximadamente 2.800 m2 de uma faixa de terra na margem direita do rio Amazonas, próximo à cidade de Parintins (AM), provocou na sexta-feira (2) a formação de uma onda gigante de dez metros de altura. A onda atingiu a comunidade ribeirinha Costa da Águia, que também fica na margem direita do rio Amazonas, e deixou um homem desaparecido.
Segundo o tenente Sulemar Barroso, do Corpo de Bombeiros, a onda gigante destruiu duas casas de madeiras (palafitas) da comunidade e arremessou jacarés, peixes e duas pequenas embarcações para fora do rio Amazonas.
Os 21 moradores da localidade foram transferidos pela Defesa Civil para a margem esquerda do rio Amazonas e estão alojados numa escola da comunidade Vila do Bentes.
Os deslizamentos de terra das margens dos rios amazônicos são normais durante o período de cheia, mas o volume, desta vez, foi muito grande. A onda se formou, conforme especialistas, devido ao choque da terra com a água, fenômeno chamado de "terras caídas".
A faixa de terra que caiu na margem direita do rio Amazonas formava um barranco de três a sete metros de altura, próximo à comunidade Costa da Águia (a 40 km de Parintins). Conforme relatos dos moradores, a onda surgiu a 300 metros da comunidade.
De acordo com Barroso, o fenômeno aconteceu por volta das 14h30 (15h30 em Brasília) de sexta. Os bombeiros conseguiram chegar ao local --viajando em uma lancha, partindo de Parintins (369 km ao centro de Manaus)-- uma hora e meia depois do ocorrido.
Desaparecido
Os bombeiros foram acionados por moradores de outras comunidades, via telefone celular. "Quando chegamos, ainda vimos uma onda menor, de um metro e meio, o que impossibilitou fazermos as buscas submersas ao morador que está desaparecido", afirmou o tenente Barroso.
O homem desaparecido é o agricultor Jorge Castro da Silva, 42. A sobrinha do agricultor, Euzimara da Silva Gomes, 20, que mora na comunidade Saracura (vizinha de Vila do Bentes), disse que ele desapareceu quando tentava avisar um morador sobre o deslizamento de terras. Casado e com sete filhos, o agricultor vivia da produção de juta.
Euzimara Gomes afirmou que ela, seu pai, sua mãe e um irmão viram a onda. Eles usaram uma canoa para chegar à comunidade Costa da Águia --o que conseguiram 20 minutos depois que a onda desapareceu no rio Amazonas. Eles encontraram os moradores da comunidade muito assustados. "Vimos uma onda muito grande, uma coisa que nunca tinha visto na vida", afirmou.
O morador da Vila do Bentes (na margem esquerda do rio Amazonas) Marisson Garcia, 35, disse à Folha, por celular, que estava dentro de uma embarcação no meio do rio quando viu a onda surgir. "Parecia um prédio, crescendo a uma velocidade imensa. Nossa embarcação não conseguiria nunca chegar [à comunidade] para ajudar alguém, porque seríamos sugados pela onda."
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da Agência Folha, em Manaus
Um deslizamento de aproximadamente 2.800 m2 de uma faixa de terra na margem direita do rio Amazonas, próximo à cidade de Parintins (AM), provocou na sexta-feira (2) a formação de uma onda gigante de dez metros de altura. A onda atingiu a comunidade ribeirinha Costa da Águia, que também fica na margem direita do rio Amazonas, e deixou um homem desaparecido.
Segundo o tenente Sulemar Barroso, do Corpo de Bombeiros, a onda gigante destruiu duas casas de madeiras (palafitas) da comunidade e arremessou jacarés, peixes e duas pequenas embarcações para fora do rio Amazonas.
Os 21 moradores da localidade foram transferidos pela Defesa Civil para a margem esquerda do rio Amazonas e estão alojados numa escola da comunidade Vila do Bentes.
Os deslizamentos de terra das margens dos rios amazônicos são normais durante o período de cheia, mas o volume, desta vez, foi muito grande. A onda se formou, conforme especialistas, devido ao choque da terra com a água, fenômeno chamado de "terras caídas".
A faixa de terra que caiu na margem direita do rio Amazonas formava um barranco de três a sete metros de altura, próximo à comunidade Costa da Águia (a 40 km de Parintins). Conforme relatos dos moradores, a onda surgiu a 300 metros da comunidade.
De acordo com Barroso, o fenômeno aconteceu por volta das 14h30 (15h30 em Brasília) de sexta. Os bombeiros conseguiram chegar ao local --viajando em uma lancha, partindo de Parintins (369 km ao centro de Manaus)-- uma hora e meia depois do ocorrido.
Desaparecido
Os bombeiros foram acionados por moradores de outras comunidades, via telefone celular. "Quando chegamos, ainda vimos uma onda menor, de um metro e meio, o que impossibilitou fazermos as buscas submersas ao morador que está desaparecido", afirmou o tenente Barroso.
O homem desaparecido é o agricultor Jorge Castro da Silva, 42. A sobrinha do agricultor, Euzimara da Silva Gomes, 20, que mora na comunidade Saracura (vizinha de Vila do Bentes), disse que ele desapareceu quando tentava avisar um morador sobre o deslizamento de terras. Casado e com sete filhos, o agricultor vivia da produção de juta.
Euzimara Gomes afirmou que ela, seu pai, sua mãe e um irmão viram a onda. Eles usaram uma canoa para chegar à comunidade Costa da Águia --o que conseguiram 20 minutos depois que a onda desapareceu no rio Amazonas. Eles encontraram os moradores da comunidade muito assustados. "Vimos uma onda muito grande, uma coisa que nunca tinha visto na vida", afirmou.
O morador da Vila do Bentes (na margem esquerda do rio Amazonas) Marisson Garcia, 35, disse à Folha, por celular, que estava dentro de uma embarcação no meio do rio quando viu a onda surgir. "Parecia um prédio, crescendo a uma velocidade imensa. Nossa embarcação não conseguiria nunca chegar [à comunidade] para ajudar alguém, porque seríamos sugados pela onda."
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