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12/04/2007
-
14h58
da Folha Online
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afirmou nesta quinta-feira que não existe o chamado "buraco negro" no controle do espaço aéreo, mas admitiu que podem ocorrer "lacunas". Relatórios sigilosos recebidos por parlamentares da oposição apontam que aviões sumiram dos radares do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, além da existência de multiplicação de pistas de pouso e mudanças na altitude das aeronaves sem a autorização de torres de comando.
Para Saito, é possível que ocorram falhas de radar em alturas mais baixas na região amazônica, mas que são compensadas com outros tipos de equipamentos. Segundo informações da Agência Senado, o comandante afirmou que a travessia aérea sobre o Atlântico tem falhas semelhantes e, ainda assim, é segura.
"Existem essas lacunas, que são convencionalmente controladas", afirmou Saito, durante audiência pública realizada pelas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado.
Relatório
A Folha Online teve acesso aos relatórios que foram escritos em papéis timbrados do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes). Em um deles, escrito no dia 27 de fevereiro deste ano, o controlador de tráfego aéreo relata que "todos os dias, em todos os turnos [de trabalho]" aviões mudam de altitude automaticamente. "Informo que, cinco meses após o acidente do vôo GOL 1907, em que um dos fatores foi a mudança de nível de vôo, isso ainda vem ocorrendo", relata o controlador.
Em outro relatório, datado de 13 de março deste ano, o controlador reclama que estão ocorrendo "inúmeras multiplicações de alvos" nos radares. O controlador cita os vôos TAM 3141, 3096, 3833, e GOL 1893 e 1693, entre outros, como vítimas de duplicidade no radar.
Ele relata no documento todos os vôos e as posições das aeronaves no momento em que apareceram de forma duplicada nos radares.
Em uma série de documentos repassados à reportagem, os controladores também apontam falhas no sistema de freqüência para transmissão e recepção do controle de tráfego aéreo. Um dos relatórios mostra falhas no equipamento do Cindacta-1, com falhas na freqüência nas cidades de Três Marias (MG), Varginha (MG) e Gurupi (TO).
Com Agência Senado
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Aeronáutica nega existência de buraco negro no espaço aéreo
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O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afirmou nesta quinta-feira que não existe o chamado "buraco negro" no controle do espaço aéreo, mas admitiu que podem ocorrer "lacunas". Relatórios sigilosos recebidos por parlamentares da oposição apontam que aviões sumiram dos radares do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, além da existência de multiplicação de pistas de pouso e mudanças na altitude das aeronaves sem a autorização de torres de comando.
Para Saito, é possível que ocorram falhas de radar em alturas mais baixas na região amazônica, mas que são compensadas com outros tipos de equipamentos. Segundo informações da Agência Senado, o comandante afirmou que a travessia aérea sobre o Atlântico tem falhas semelhantes e, ainda assim, é segura.
"Existem essas lacunas, que são convencionalmente controladas", afirmou Saito, durante audiência pública realizada pelas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado.
Relatório
A Folha Online teve acesso aos relatórios que foram escritos em papéis timbrados do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes). Em um deles, escrito no dia 27 de fevereiro deste ano, o controlador de tráfego aéreo relata que "todos os dias, em todos os turnos [de trabalho]" aviões mudam de altitude automaticamente. "Informo que, cinco meses após o acidente do vôo GOL 1907, em que um dos fatores foi a mudança de nível de vôo, isso ainda vem ocorrendo", relata o controlador.
Em outro relatório, datado de 13 de março deste ano, o controlador reclama que estão ocorrendo "inúmeras multiplicações de alvos" nos radares. O controlador cita os vôos TAM 3141, 3096, 3833, e GOL 1893 e 1693, entre outros, como vítimas de duplicidade no radar.
Ele relata no documento todos os vôos e as posições das aeronaves no momento em que apareceram de forma duplicada nos radares.
Em uma série de documentos repassados à reportagem, os controladores também apontam falhas no sistema de freqüência para transmissão e recepção do controle de tráfego aéreo. Um dos relatórios mostra falhas no equipamento do Cindacta-1, com falhas na freqüência nas cidades de Três Marias (MG), Varginha (MG) e Gurupi (TO).
Com Agência Senado
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