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29/01/2008 - 09h22

Promotoria nega pedido da Igreja para barrar distribuição de pílula em PE

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Negando pedido da arquidiocese de Recife e Olinda (PE), a promotora de saúde do Ministério Público do Estado Ivana Botelho recomendou às Secretarias de Saúde de Recife e de Pernambuco que mantivessem a distribuição da pílula do dia seguinte na rede Pública de Saúde, "em especial no período carnavalesco".

A recomendação foi dada ontem à noite. Durante o dia, a arquidiocese havia entrado com representação solicitando que o Ministério Público encaminhasse à Justiça, "em caráter emergencial", ação para que a entrega do medicamento pelo sistema público de saúde do Estado fosse suspensa em todas as épocas do ano, e não apenas no Carnaval.

O pedido, assinado pela Pastoral da Saúde, tinha como fundamentos principais a "lei de Deus, que está acima de qualquer lei humana", e os supostos efeitos abortivos da pílula.

Já a decisão da promotora de saúde, contrária ao pedido da arquidiocese, foi tomada com base no laudo de duas médicas da promotoria que afirmaram que o medicamento "não é um método abortivo".

Ontem, o arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, atacou o ministro José Gomes Temporão (Saúde) ao dizer que "quem está fazendo mal para os jovens é quem está difundindo o mal, induzindo-os a praticar sexo à vontade".

A declaração foi dada em resposta à afirmação do ministro de que "a Igreja cada vez mais se afasta dos jovens com esse tipo de postura".

O religioso rebateu também a afirmação de Temporão de que o uso do anticoncepcional de emergência "é uma questão de saúde pública", e não religiosa.

As prefeituras vão distribuir a pílula do dia seguinte em postos montados em locais de grande movimentação.

Para ter acesso ao medicamento, a mulher deverá relatar ao médico plantonista que manteve relação sexual sem proteção, que o método tradicional de anticoncepção usado por ela falhou ou que foi vítima de violência sexual.

Comentários dos leitores
alberto r pessanha pessanha (5) 08/02/2008 10h10
alberto r pessanha pessanha (5) 08/02/2008 10h10
NOVA FRIBURGO / RJ
hoje tudo pode ,fico indignado com nossas altoridades.brincar com armas não pode ,ver filmes violentos tambem não . mas nossos adolescentes tem carta branca para se prostituir .só falta agora ele da entrada gratis para motel . 6 opiniões
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Leonardo S. (101) 07/02/2008 18h20
Leonardo S. (101) 07/02/2008 18h20
Parabéns ao ministro Temporão pela coragem. Este é um dos poucos que merecem aplausos no governo Lula.
Se a igreja católica é contra a camisinha, o aborto e os anticoncepcionais, que pregue isso na igreja e pare de encher o saco.
Acho que devemos mandar todos os recem-nascidos abandonados em latas de lixo, terrenos baldios, lagoas, e etc. para a igreja cuidar. Nesses casos eu nunca vi a igreja se manifestar, mas para proibir a distribuição de anticoncepcionais ela fica esperneando.
O Brasil deve implantar urgentemente a esterilização compulsória para mulheres que dão a luz ao 2o. filho na rede publica de saude.
Mutirao de vasectomia já!
Legalização do aborto até um certo periodo do inicio da gravidez.
No mundo utopico, nao precisaria nem de leis. Se todos tivessem boas práticas de convivencia em sociedade, nao seria necessario ter leis que dizem que nao se pode roubar, matar, beber e dirigir e etc. O problema é que como nem todos cumprem essas normas, sao necessarias sanções as pessoas de violam as regras.
A gravidez é a mesma coisa. No mundo utopico seria otimo se todos planejassem a gravidez e tivessem condicoes de cuidar e dar educacao a crianca. Mas como nem sempre isso acontece, temos que ter metodos de limitar as barbaridades. Temos que por numa balança: O que é melhor? Abortar uma gravidez ou deixar recem-nascidos abandonados na rua, criancas cheirando cola, trabalhando em carvoarias, dormindo na rua, revirando lixo, etc...
21 opiniões
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João Marino Delize (251) 07/02/2008 11h17
João Marino Delize (251) 07/02/2008 11h17
O Estado não tem nenhuma religião, portanto não deve atender esta ou aquela crença. Ja pensaram quanto custa uma funcionária grávida para a Nação:
- são quatro meses de afastamento pago pelo INSS, além do salário maternidade e, quem paga esta conta é o povo. Se a funcionária for casada tudo bem. Se escolher ter filhos tudo bem, mas se não quizer ficar grávida e ainda não dar despesas ao Estado é um direito da pessoa em tomar a Pílula. Às vezes é melhor não ter um filho do que tê-lo sem condições de criá-lo.
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