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16/05/2008 - 11h10

Vara da Infância investiga situação dos filhos do casal Nardoni

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FLÁVIO FERREIRA
do Agora

A Promotoria da Infância e da Juventude de Guarulhos (Grande SP) abriu um procedimento para investigar a situação dos dois filhos do estagiário de direito Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, e a dona-de-casa Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, que estão presos sob a acusação de terem matado Isabella de Oliveira Nardoni, 5, meia-irmã dos meninos.

As crianças, de um e três anos, estão sob a guarda dos avós maternos em Guarulhos.

A procedimento foi instaurado na segunda-feira pela promotora de Justiça Renata Gonçalves de Oliveira, após o recebimento do relatório da visita feita às crianças por representantes do Conselho Tutelar de Guarulhos no dia 5 de maio. Na oportunidade, as conselheiras disseram que a reunião com os meninos havia sido "tranqüila".

A instauração do pedido de providências do Ministério Público tem como objetivo verificar as condições psicológicas e familiares dos filhos do casal de réus. O procedimento será realizado sob sigilo, como manda o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, secretário-geral do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana), a promotora deve requerer que as crianças passem a ter acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos das equipes técnicas da Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos. Alves foi o responsável pelo primeiro pedido de visitas às crianças pelo Conselho Tutelar de Guarulhos.

Para Alves, os filhos de Nardoni e Anna Jatobá estão em situação de risco, segundo os artigos 98 e 101 do ECA.

"Não se trata de risco de [as crianças] sofrerem agressões. Mas elas estão abaladas, foram atingidas pela violência da morte trágica e cruel da irmã. Há risco também por elas estarem convivendo com uma família em crise. E ainda há a hipótese de elas terem presenciado a brutalidade do assassinato da irmã", afirmou.

O secretário-geral do Condepe disse também que a Vara da Infância e da Juventude deve definir quem ficará com a guarda das crianças caso o casal de réus permaneça preso durante o processo criminal e eventualmente após uma condenação definitiva deles.

"Em um futuro próximo, é mais provável que o Poder Judiciário conceda a guarda para os avós maternos, que já estão cuidando dos garotos", disse Alves.

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