Publicidade
Publicidade
13/11/2002
-
10h27
da Folha Online
As pessoas que se aglomeram em frente à casa da família von Richthofen, onde o casal Marísia e Manfred foram assassinados, gritaram ofensas contra os acusados do crime, Suzane, 19, filha do casal, o namorado Daniel Cravinho, 21, e do irmão Cristian, 26. Eles chegaram por volta das 10h ao local para participarem da reconstituição do crime separadamente.
A chegada dos acusados ao local do crime foi tumultuada. O público que se concentrava em frente à casa do casal morto tentou agredir os assassinos, mas foram contidos pela polícia, em meio a gritos de "assassinos" e "pena de morte".
O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro. O casal foi assassinado com pancadas na cabeça, em casa, na rua Zacarias de Góis, região do Brooklin, zona sul de São Paulo.
A entrada de Suzana, Daniel e Cristian foi rápida e nenhum deles deu declarações à imprensa. Trazida em um veículo da polícia, a filha do casal foi a primeira a chegar ao local. Cristian Cravinho e Daniel chegaram em seguida.
O objetivo da reconstituição é tentar esclarecer com exatidão a participação de casa acusado. "Faremos a reconstituição para podermos tirar dúvidas dos interrogatórios", disse a delegada Cintia Tucunduva do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsável pelo inquérito.
A delegada preferiu não citar as possíveis contradições dos interrogatórios. No entanto, entre as dúvidas levantadas pelo ministério público, está a participação direta ou não de Suzane nas agressões a seus pais. A promotoria quer saber também se a jovem ajudou na limpeza da cena do crime.
O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.
Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.
Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.
Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.
Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.
Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.
Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.
Leia mais:
Acusada de matar os pais no Brooklin chora durante reconstituição
Suzane é chamada de 'assassina' ao chegar para reconstituição
Reconstituição começa com cena do crime
Saiba como foi o crime, segundo os acusados
Irmão de Suzane participa de reconstituição
Confira como foram os depoimentos de Suzane e Daniel
Suzane é chamada de "assassina" ao chegar para reconstituição
MILENA BUOSIda Folha Online
As pessoas que se aglomeram em frente à casa da família von Richthofen, onde o casal Marísia e Manfred foram assassinados, gritaram ofensas contra os acusados do crime, Suzane, 19, filha do casal, o namorado Daniel Cravinho, 21, e do irmão Cristian, 26. Eles chegaram por volta das 10h ao local para participarem da reconstituição do crime separadamente.
A chegada dos acusados ao local do crime foi tumultuada. O público que se concentrava em frente à casa do casal morto tentou agredir os assassinos, mas foram contidos pela polícia, em meio a gritos de "assassinos" e "pena de morte".
O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro. O casal foi assassinado com pancadas na cabeça, em casa, na rua Zacarias de Góis, região do Brooklin, zona sul de São Paulo.
A entrada de Suzana, Daniel e Cristian foi rápida e nenhum deles deu declarações à imprensa. Trazida em um veículo da polícia, a filha do casal foi a primeira a chegar ao local. Cristian Cravinho e Daniel chegaram em seguida.
O objetivo da reconstituição é tentar esclarecer com exatidão a participação de casa acusado. "Faremos a reconstituição para podermos tirar dúvidas dos interrogatórios", disse a delegada Cintia Tucunduva do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsável pelo inquérito.
A delegada preferiu não citar as possíveis contradições dos interrogatórios. No entanto, entre as dúvidas levantadas pelo ministério público, está a participação direta ou não de Suzane nas agressões a seus pais. A promotoria quer saber também se a jovem ajudou na limpeza da cena do crime.
O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.
Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.
Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.
Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.
Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.
Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.
Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice