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13/11/2002
-
15h57
da Folha Online
O mecânico Cristian Cravinhos, um dos acusados de assassinar o casal Marísia e Manfred von Richthofen se emocionou hoje durante reconstituição do crime, realizada no Brooklin, zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, ele chorou porque lembrou do momento do assassinato.
Além de Cristian, os outros dois acusados pelo crime também participam dos trabalhos: a filha do casal, Suzane, 19, e seu namorado, Daniel, 21 (irmão de Cristian).
Os acusados disseram em depoimento que usaram barras de ferro para golpear Marísia e Manfred enquanto dormiam.
A reconstituição começou por volta das 11h30. Cristian, o primeiro a participar, terminou sua reconstituição por volta das 15h45.
Suzane será a próxima a reconstituir o crime. A polícia havia informado anteriormente que ela encerraria os trabalhos. Seu irmão, Andreas, 15, também está na casa.
O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.
Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.
Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.
Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.
Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.
Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.
Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.
Leia mais:
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Confira como foram os depoimentos de Suzane e Daniel
Acusado chora ao entrar em quarto onde casal Richthofen foi morto
MILENA BUOSIda Folha Online
O mecânico Cristian Cravinhos, um dos acusados de assassinar o casal Marísia e Manfred von Richthofen se emocionou hoje durante reconstituição do crime, realizada no Brooklin, zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, ele chorou porque lembrou do momento do assassinato.
Além de Cristian, os outros dois acusados pelo crime também participam dos trabalhos: a filha do casal, Suzane, 19, e seu namorado, Daniel, 21 (irmão de Cristian).
Os acusados disseram em depoimento que usaram barras de ferro para golpear Marísia e Manfred enquanto dormiam.
A reconstituição começou por volta das 11h30. Cristian, o primeiro a participar, terminou sua reconstituição por volta das 15h45.
Suzane será a próxima a reconstituir o crime. A polícia havia informado anteriormente que ela encerraria os trabalhos. Seu irmão, Andreas, 15, também está na casa.
O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.
Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.
Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.
Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.
Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.
Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.
Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.
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