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13/11/2002 - 21h42

Acusados de assassinar casal deixam casa após reconstituição

LETÍCIA JARDIM GUEDES
da Folha Online

Depois de cerca dez horas terminou por volta das 21h30 a reconstituição do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen. Os três acusados, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos e Suzane von Richthofen, deixaram a casa no Brooklin onde houve o crime, separados. Houve grande tumulto na saída.

O primeiro a sair foi Daniel, seguido por Suzane e Cristian. Eles foram levados de volta para a prisão.

O mecânico Cristian, se emocionou hoje durante a reconstituição. Segundo a polícia, ele chorou porque lembrou do momento do assassinato.

Os acusados disseram em depoimento que usaram barras de ferro para golpear Marísia e Manfred enquanto dormiam.

A reconstituição começou por volta das 11h30. Cristian, o primeiro a participar, terminou sua reconstituição por volta das 15h45.

O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.

Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.

Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.

A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.

Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.

Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.

Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.

Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.

Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.

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