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20/11/2002 - 19h01

Suzane Richthofen pode ser transferida ainda hoje para o Carandiru

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Suzane Louise von Richthofen, 19, acusada de envolvimento no assassinato dos pais, Manfred e Marísia, poderá ser transferida da delegacia para a penitenciária feminina do Carandiru, na zona norte de São Paulo, ainda hoje.

A reportagem apurou que ela deverá deixar a carceragem do 89º Distrito Policial (Morumbi), na zona oeste, por volta das 21h30. A transferência, no entanto, depende da polícia e das condições de segurança para a remoção.

Os outros dois acusados pelo crime, os irmãos Daniel, 21, e Cristian, 26, foram transferidos da carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília), no centro, para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, zona leste, por volta das 4h de hoje.

Muitas pessoas estiveram concentradas em frente à delegacia entre a tarde e a noite de ontem.

A prisão preventiva -até o julgamento- dos três acusados foi decretada nesta terça-feira pelo juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri. Ele aceitou a denúncia do promotor Roberto Tardelli.

Suzane, seu namorado, Daniel e o irmão dele, Cristian, foram denunciados ontem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) e fraude processual, caracterizada pela intenção de simular latrocínio, revirando a biblioteca da casa.

Cristian é o único que vai responder por uma acusação a mais: furto simples, por ter levado jóias de Marísia.

A retirada de R$ 8.000 e US$ 5.000 da casa após o crime foi desconsiderada. Para o promotor, o dinheiro foi levado com a participação de Suzane, que ainda é herdeira do patrimônio da família. Segundo ele, o único que pode impedir, na Justiça, que Suzane receba parte da herança é seu irmão, Andreas, 15.

As jóias teriam sido retiradas da casa sem o consentimento de Suzane.

O primeiro interrogatório dos três acusados está marcado para ocorrer dia 3 dezembro, às 13h30, no 1º Tribunal do Júri.

Prisão
O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro, no Brooklin, zona sul de São Paulo. Suzane, Daniel e Cristian estão presos desde o dia 8, após confessarem o crime.

Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam, em casa, e assassinados a pancadas. Foram utilizadas barras de ferro recheadas com madeira, confeccionadas pelos acusados.

Suzane contou à polícia que acendeu a luz do corredor de casa para que os irmãos visualizassem melhor o casal. Daniel agrediu Manfred e Cristian, Marísia. Após o crime, jóias e dinheiro foram levadas da casa. A biblioteca foi revirada em uma tentativa de simular assalto.

Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.

A casa dos von Richthofen foi pichada no final de semana. Foram deixadas velas e flores em homenagem ao casal assassinado.

Leia mais:

  • Daniel e Cristian Cravinhos são transferidos para o CDP do Belém
  • Defesa de irmãos citará arrependimento na morte do casal Richthofen
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