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03/12/2002
-
07h00
da Folha Online
A Justiça de São Paulo marcou para hoje o interrogatório dos três acusados de envolvimento no assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen. O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro, no Brooklin, zona sul da cidade. A filha das vítimas, Suzane, 19, seu namorado Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26, estão presos desde o dia 8, após confessarem o crime.
O interrogatório será realizado no Complexo Criminal da Barra Funda, zona oeste, pelo juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri.
A prisão preventiva -até o julgamento- dos acusados foi decretada dia 19, depois de serem denunciados pelo promotor Roberto Tardelli por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, dificuldade de defesa das vítimas e crueldade) e fraude processual (alteração da cena do crime).
Cristian foi denunciado também por furto, pelas jóias levadas da casa.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, os três acusados serão submetidos a júri popular.
Suzane está detida na penitenciária feminina do Carandiru, zona norte. Já os irmãos Daniel e Cristian estão presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, zona leste.
Barras de ferro
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam. Foram golpeados com barras de ferro, recheadas com madeira, confeccionadas pelos acusados para o crime.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Os acusados disseram, segundo a polícia, que Daniel e Cristian golpearam o casal enquanto Suzane ficava no piso inferior da casa.
Após o crime, foram retirados R$ 8.000 e US$ 5.000 da casa, em uma tentativa de simular latrocínio (roubo seguido de morte). De acordo com o Ministério Público, eles não vão responder pelo roubo do dinheiro porque o valor foi levado com a participação de Suzane, que ainda é herdeira do patrimônio da família. Segundo a Promotoria, o único que pode impedir, na Justiça, que Suzane receba parte da herança é seu irmão, Andreas, 15.
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LÍVIA MARRAda Folha Online
A Justiça de São Paulo marcou para hoje o interrogatório dos três acusados de envolvimento no assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen. O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro, no Brooklin, zona sul da cidade. A filha das vítimas, Suzane, 19, seu namorado Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26, estão presos desde o dia 8, após confessarem o crime.
O interrogatório será realizado no Complexo Criminal da Barra Funda, zona oeste, pelo juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri.
A prisão preventiva -até o julgamento- dos acusados foi decretada dia 19, depois de serem denunciados pelo promotor Roberto Tardelli por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, dificuldade de defesa das vítimas e crueldade) e fraude processual (alteração da cena do crime).
Cristian foi denunciado também por furto, pelas jóias levadas da casa.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, os três acusados serão submetidos a júri popular.
Suzane está detida na penitenciária feminina do Carandiru, zona norte. Já os irmãos Daniel e Cristian estão presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, zona leste.
Barras de ferro
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam. Foram golpeados com barras de ferro, recheadas com madeira, confeccionadas pelos acusados para o crime.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Os acusados disseram, segundo a polícia, que Daniel e Cristian golpearam o casal enquanto Suzane ficava no piso inferior da casa.
Após o crime, foram retirados R$ 8.000 e US$ 5.000 da casa, em uma tentativa de simular latrocínio (roubo seguido de morte). De acordo com o Ministério Público, eles não vão responder pelo roubo do dinheiro porque o valor foi levado com a participação de Suzane, que ainda é herdeira do patrimônio da família. Segundo a Promotoria, o único que pode impedir, na Justiça, que Suzane receba parte da herança é seu irmão, Andreas, 15.
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