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03/12/2002
-
16h06
da Folha Online
A estudante Suzane von Richtofhen, 19, disse que o namorado, Daniel Cravinhos, 21, teve a idéia de assassinar seus pais, Manfred e Marísia von Richtofhen, em 31 de outubro. A afirmação foi feita hoje, durante interrogatório 1º Tribunal do Júri, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O casal foi assassinado a golpes de barras de ferro enquanto dormiam, no Brooklin, zona sul.
Suzane disse que, inicialmente, seus pais aceitavam o namoro com Daniel. No entanto, a partir deste ano, "os problemas começaram". Isso porque ela mentiu para os pais, dizendo que dormiria na casa de uma amiga e foi para um motel com Daniel. Marísia descobriu e os namorados foram proibidos de manter contato.
No Dia das Mães, Suzane discutiu com os pais e recebeu um tapa no rosto do pai. A estudante disse que foi para a casa de Daniel e que não queria mais voltar para sua casa. Neste dia, Suzane disse que Daniel teria ido atrás de uma arma.
Após a proibição do namoro, os dois passaram a se encontrar escondido. Em junho, os pais de Suzane viajaram e Daniel ficou o mês inteiro na casa da namorada.
Segundo a estudante, Daniel passou a mostrar para ela que a vida dos dois sem Manfred e Marísia "era como um sonho".
"Ele foi me seduzindo e mostrando que ficar ao lado dele sem meus pais era a felicidade", disse. Suzane disse que somente em julho soube que o namorado planejava adquirir uma arma para matar seus pais. Disse à Justiça que não concordou com a possibilidade.
Suzane afirmou que Daniel lhe deu duas opções: ficar com ele sem os pais dela ou ficar com os pais sem ele. Suzane afirmou que Daniel lhe prometeu "um mundo encantado". Disse também que Daniel tornou uma "obsessão" e que queria estar perto dele o tempo todo.
"[Daniel] foi como que plantando uma semente em mim [para fazer o crime]", disse.
Suzane contou também que, durante a viagem dos pais, ela e Daniel pensaram em viajar para Porto Seguro (BA), mas preferiram ficar na casa dela. Em agosto, Daniel, segundo a estudante, lhe pediu o dinheiro -que não foi gasto na viagem- para que seu irmão, Cristian, comprasse uma arma, o que não teria ocorrido.
Em outubro, Daniel e Cristian, segundo ela, teriam elaborado outro plano para assassinar Manfred e Marísia.
Em outubro também, Suzane disse para a mãe que havia terminado o namoro. "Ela ficou muito feliz", disse.
No dia 30, Suzane afirmou que foi ao shopping com o irmão, Andreas, e Daniel. O namorado então, disse a ela que o crime ocorreria naquela noite.
Daniel, disse, segundo Suzane, que ela não devia se preocupar ou demonstrar nervosismo, para não colocar o plano a perder. No entanto, a menina disse que estava "com o coração apertado".
"Não queria que meus pais morressem", disse.
Suzane falou que enquanto os pais eram mortos ficou na biblioteca, com as mãos nos ouvidos porque não queria ouvir o que se passava no andar superior. Afirmou que estava arrependida, mas sabia que não havia mais como voltar atrás.
"Queria meus pais de volta", afirmou.
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LÍVIA MARRAda Folha Online
A estudante Suzane von Richtofhen, 19, disse que o namorado, Daniel Cravinhos, 21, teve a idéia de assassinar seus pais, Manfred e Marísia von Richtofhen, em 31 de outubro. A afirmação foi feita hoje, durante interrogatório 1º Tribunal do Júri, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O casal foi assassinado a golpes de barras de ferro enquanto dormiam, no Brooklin, zona sul.
Suzane disse que, inicialmente, seus pais aceitavam o namoro com Daniel. No entanto, a partir deste ano, "os problemas começaram". Isso porque ela mentiu para os pais, dizendo que dormiria na casa de uma amiga e foi para um motel com Daniel. Marísia descobriu e os namorados foram proibidos de manter contato.
No Dia das Mães, Suzane discutiu com os pais e recebeu um tapa no rosto do pai. A estudante disse que foi para a casa de Daniel e que não queria mais voltar para sua casa. Neste dia, Suzane disse que Daniel teria ido atrás de uma arma.
Após a proibição do namoro, os dois passaram a se encontrar escondido. Em junho, os pais de Suzane viajaram e Daniel ficou o mês inteiro na casa da namorada.
Segundo a estudante, Daniel passou a mostrar para ela que a vida dos dois sem Manfred e Marísia "era como um sonho".
"Ele foi me seduzindo e mostrando que ficar ao lado dele sem meus pais era a felicidade", disse. Suzane disse que somente em julho soube que o namorado planejava adquirir uma arma para matar seus pais. Disse à Justiça que não concordou com a possibilidade.
Suzane afirmou que Daniel lhe deu duas opções: ficar com ele sem os pais dela ou ficar com os pais sem ele. Suzane afirmou que Daniel lhe prometeu "um mundo encantado". Disse também que Daniel tornou uma "obsessão" e que queria estar perto dele o tempo todo.
"[Daniel] foi como que plantando uma semente em mim [para fazer o crime]", disse.
Suzane contou também que, durante a viagem dos pais, ela e Daniel pensaram em viajar para Porto Seguro (BA), mas preferiram ficar na casa dela. Em agosto, Daniel, segundo a estudante, lhe pediu o dinheiro -que não foi gasto na viagem- para que seu irmão, Cristian, comprasse uma arma, o que não teria ocorrido.
Em outubro, Daniel e Cristian, segundo ela, teriam elaborado outro plano para assassinar Manfred e Marísia.
Em outubro também, Suzane disse para a mãe que havia terminado o namoro. "Ela ficou muito feliz", disse.
No dia 30, Suzane afirmou que foi ao shopping com o irmão, Andreas, e Daniel. O namorado então, disse a ela que o crime ocorreria naquela noite.
Daniel, disse, segundo Suzane, que ela não devia se preocupar ou demonstrar nervosismo, para não colocar o plano a perder. No entanto, a menina disse que estava "com o coração apertado".
"Não queria que meus pais morressem", disse.
Suzane falou que enquanto os pais eram mortos ficou na biblioteca, com as mãos nos ouvidos porque não queria ouvir o que se passava no andar superior. Afirmou que estava arrependida, mas sabia que não havia mais como voltar atrás.
"Queria meus pais de volta", afirmou.
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