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17/12/2002 - 11h09

Lins e Silva morreu em seu "auge intelectual", diz filho

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

A morte do advogado criminalista Evandro Lins e Silva, 90, hoje, ocorreu em seu "auge intelectual", disse seu filho Carlos Eduardo Lins e Silva, 59.

"Morreu na plenitude da vida", afirmou.

Desde 1998 na ABL (Academia Brasileira de Letras), Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século. Ele morreu às 5h45, vítima de traumatismo crânio-encefálico.

O criminalista estava internado desde a última quinta-feira na clínica São Vicente, na Gávea (zona sul), Rio. Ele sofreu traumatismo craniano após cair e bater com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.

Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.

Carlos Eduardo, que acompanhou o pai durante a viagem, disse que o acidente ocorreu no momento em que ele contava que estava satisfeito e feliz com a cerimônia em Brasília.

O criminalista deixa quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos. Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984.

O corpo do criminalista será velado na ABL, no centro da cidade. Às 16h haverá uma missa de corpo presente e o enterro está marcado para as 17h no mausoléu da ABL, no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul.

Lins e Silva participou, neste ano, do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.

Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.

O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.



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