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17/12/2002
-
11h36
da Folha Online, no Rio
O corpo do advogado criminalista Evandro Lins e Silva, 90, chegou por volta das 11h30 ao prédio da ABL (Academia Brasileira de Letras), no centro do Rio. O jurista, que ocupava a cadeira número um da ABL, morreu por volta das 5h45, vítima de traumatismo craniano.
O enterro está marcado para as 17h no mausoléu da entidade, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).
Desde 1998 na ABL, Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século.
Ele estava internado desde a noite de quinta-feira, quando caiu e bateu com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.
Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.
O criminalista participou, neste ano, do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.
Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984. Tinha quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos.
O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.
O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Ele faria 91 anos em 18 de janeiro de 2003.
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Corpo de Lins e Silva chega ao prédio da ABL, no Rio
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
O corpo do advogado criminalista Evandro Lins e Silva, 90, chegou por volta das 11h30 ao prédio da ABL (Academia Brasileira de Letras), no centro do Rio. O jurista, que ocupava a cadeira número um da ABL, morreu por volta das 5h45, vítima de traumatismo craniano.
O enterro está marcado para as 17h no mausoléu da entidade, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).
Desde 1998 na ABL, Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século.
Ele estava internado desde a noite de quinta-feira, quando caiu e bateu com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.
Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.
O criminalista participou, neste ano, do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.
Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984. Tinha quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos.
O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.
O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Ele faria 91 anos em 18 de janeiro de 2003.
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