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17/12/2002
-
11h27
da Folha Online, no Rio
O advogado criminalista Evandro Lins e Silva, 90, morto hoje no Rio, tinha espírito jovem e alegre, segundo Alberto Costa e Silva, presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras).
"Apenas a bengala desmentia a sua juventude", afirmou.
O jurista, que ocupava a cadeira número um da ABL, sofreu traumatismo craniano na noite de quinta-feira após cair e bater com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.
Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.
"Ele estava muito feliz com a cerimônia ocorrida em Brasília. Foi-se em seu momento de glória", disse o presidente da ABL.
Segundo ele, antes de viajar para Brasília, Lins e Silva esteve na ABL para se despedir.
Desde 1998 na ABL, Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século. Neste ano, participou do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.
Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984. Tinha quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos. O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.
O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Ele faria 91 anos em 18 de janeiro de 2003. O corpo de Lins e Silva será velado na ABL, no centro do Rio, e o enterro está previsto para às 17h no mausoléu da entidade, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).
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Lins e Silva tinha espírito jovem e alegre, diz presidente da ABL
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
O advogado criminalista Evandro Lins e Silva, 90, morto hoje no Rio, tinha espírito jovem e alegre, segundo Alberto Costa e Silva, presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras).
"Apenas a bengala desmentia a sua juventude", afirmou.
O jurista, que ocupava a cadeira número um da ABL, sofreu traumatismo craniano na noite de quinta-feira após cair e bater com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.
Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.
"Ele estava muito feliz com a cerimônia ocorrida em Brasília. Foi-se em seu momento de glória", disse o presidente da ABL.
Segundo ele, antes de viajar para Brasília, Lins e Silva esteve na ABL para se despedir.
Desde 1998 na ABL, Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século. Neste ano, participou do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.
Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984. Tinha quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos. O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.
O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Ele faria 91 anos em 18 de janeiro de 2003. O corpo de Lins e Silva será velado na ABL, no centro do Rio, e o enterro está previsto para às 17h no mausoléu da entidade, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).
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