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25/03/2003
-
00h53
da Folha Online
A polícia do Espírito Santo prendeu dez suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32, morto na manhã desta segunda-feira em Vila Velha.
As prisões ocorreram em diferentes situações e locais. Três dos suspeitos são policiais militares _dois deles de São Paulo, segundo o secretário da Segurança Pública, Rodney Rocha Miranda.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
Dos dez detidos, as suspeitas mais fortes recaem sobre quatro pessoas, de acordo com Miranda.
A reportagem tentou localizar o delegado Danilo Bahiense, do Departamento de Homicídios, para comentar as prisões, mas foi informada, por volta da 0h30, que ele estava reunido com a equipe.
O juiz, que era ameaçado desde o ano passado, foi assassinado na frente de uma academia no bairro Itapuã. Ele integrava um grupo de combate ao crime organizado no Espírito Santo.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
Ele teria dispensado o policial ontem à noite, após um churrasco, e pedido para o segurança retornar por volta das 11h. Foi assassinado por volta das 8h.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que vai enviar para o Estado um reforço do serviço de inteligência da Polícia Federal para auxiliar a Polícia Civil nas investigações, segundo informações do Tribunal de Justiça.
Thomaz Bastos esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justiça, Alemer Ferraz Moulin, com o governador Paulo Hartung, com o secretário de Justiça, Luiz Moulin, com o secretário de Segurança Pública, com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Agesandro da Costa Pereira e deputados estaduais.
Segundo o secretário da Segurança Pública, o governo, em parceria com a ONG Espírito Santo Unido Contra o Crime, oferece R$ 10 mil por informações passadas ao Disque-Denúncias e que levem aos assassinos do juiz. O telefone é o 0/xx/27/ 3222-8144.
Enterro
O corpo do juiz é velado no prédio do Tribunal de Justiça do Estado. O enterro está marcado para as 15h no cemitério de Inhaúma, no Rio, onde moram os familiares de Castro Filho.
A previsão é de que o corpo seja levado para o Rio por volta das 7h, em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
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Entenda a crise no Espírito Santo
Juiz assassinado havia recebido ameaças
Para governador, morte é tentativa de intimidação
Juiz era conhecido pelo rigor
Governo havia determinado escolta
Dez suspeitos de envolvimento em morte de juiz são presos no ES
LÍVIA MARRAda Folha Online
A polícia do Espírito Santo prendeu dez suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32, morto na manhã desta segunda-feira em Vila Velha.
As prisões ocorreram em diferentes situações e locais. Três dos suspeitos são policiais militares _dois deles de São Paulo, segundo o secretário da Segurança Pública, Rodney Rocha Miranda.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
Dos dez detidos, as suspeitas mais fortes recaem sobre quatro pessoas, de acordo com Miranda.
A reportagem tentou localizar o delegado Danilo Bahiense, do Departamento de Homicídios, para comentar as prisões, mas foi informada, por volta da 0h30, que ele estava reunido com a equipe.
O juiz, que era ameaçado desde o ano passado, foi assassinado na frente de uma academia no bairro Itapuã. Ele integrava um grupo de combate ao crime organizado no Espírito Santo.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
Ele teria dispensado o policial ontem à noite, após um churrasco, e pedido para o segurança retornar por volta das 11h. Foi assassinado por volta das 8h.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que vai enviar para o Estado um reforço do serviço de inteligência da Polícia Federal para auxiliar a Polícia Civil nas investigações, segundo informações do Tribunal de Justiça.
Thomaz Bastos esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justiça, Alemer Ferraz Moulin, com o governador Paulo Hartung, com o secretário de Justiça, Luiz Moulin, com o secretário de Segurança Pública, com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Agesandro da Costa Pereira e deputados estaduais.
Segundo o secretário da Segurança Pública, o governo, em parceria com a ONG Espírito Santo Unido Contra o Crime, oferece R$ 10 mil por informações passadas ao Disque-Denúncias e que levem aos assassinos do juiz. O telefone é o 0/xx/27/ 3222-8144.
Enterro
O corpo do juiz é velado no prédio do Tribunal de Justiça do Estado. O enterro está marcado para as 15h no cemitério de Inhaúma, no Rio, onde moram os familiares de Castro Filho.
A previsão é de que o corpo seja levado para o Rio por volta das 7h, em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
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