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25/03/2003
-
11h11
da Folha Online
Três dos dez detidos ontem pela polícia teriam confessado a participação no assassinato do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32 ontem em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória (ES).
A polícia afirmou que eles disseram que seria "um assalto", mas que o juiz, que estava armado, reagiu: os criminosos atiraram, matando-o. Apesar da versão dos três, a polícia ainda trabalha com a hipótese de crime de vingança, a mando do crime organizado do Estado.
Castro Filho foi assassinado a tiros em frente à uma academia de ginástica ontem pela manhã no bairro Itapuã, Vitória . Segundo a polícia, testemunhas disseram que dois homens em uma moto atiraram contra o juiz. Ele fazia parte do grupo de repressão ao crime organizado no Espírito Santo.
Um dos detidos, que estaria na garupa, disse à polícia que, momentos antes do assassinato, teria tentado assaltar um posto de gasolina próximo ao local com a ajuda do motorista da moto.
Como o crime foi frustrado, eles tentaram roubar Castro Filho ao vê-lo sair de sua caminhonete, em frente à academia de ginástica. O piloto da moto ainda é procurado e teria sido o autor dos tiros.
De acordo com a polícia, outro detido confessou emprestar a moto e um terceiro teria vendido a arma usada pelos criminosos. Eles disseram que participavam de um assalto.
Hoje, às 16, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo concederá uma entrevista coletiva para relatar as investigações feitas sobre o assassinato.
Rio
O corpo do juiz será velado no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio, e não mais no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, como foi informado inicialmente.
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), levou o corpo de Vitória, onde foi velado na sede do TJ do Estado durante toda a madrugada, ao Rio, cidade onde o juiz nasceu. O enterro está marcado para as 15h.
Investigação
A polícia prendeu dez suspeitos de envolvimento no assassinato - dois deles são policiais militares.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que vai enviar para o Estado um reforço do serviço de inteligência da Polícia Federal para auxiliar a Polícia Civil nas investigações, segundo informações do Tribunal de Justiça.
Thomaz Bastos esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justiça, Alemer Ferraz Moulin, com o governador Paulo Hartung, com o secretário de Justiça, Luiz Moulin, com o secretário de Segurança Pública, com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Agesandro da Costa Pereira e deputados estaduais.
Segundo o secretário da Segurança Pública, o governo, em parceria com a ONG Espírito Santo Unido Contra o Crime, oferece R$ 10 mil por informações passadas ao Disque-Denúncias e que levem aos assassinos do juiz. O telefone é o 0/xx/27/ 3222-8144.
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da Agência Folhada Folha Online
Três dos dez detidos ontem pela polícia teriam confessado a participação no assassinato do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32 ontem em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória (ES).
A polícia afirmou que eles disseram que seria "um assalto", mas que o juiz, que estava armado, reagiu: os criminosos atiraram, matando-o. Apesar da versão dos três, a polícia ainda trabalha com a hipótese de crime de vingança, a mando do crime organizado do Estado.
Castro Filho foi assassinado a tiros em frente à uma academia de ginástica ontem pela manhã no bairro Itapuã, Vitória . Segundo a polícia, testemunhas disseram que dois homens em uma moto atiraram contra o juiz. Ele fazia parte do grupo de repressão ao crime organizado no Espírito Santo.
Um dos detidos, que estaria na garupa, disse à polícia que, momentos antes do assassinato, teria tentado assaltar um posto de gasolina próximo ao local com a ajuda do motorista da moto.
Como o crime foi frustrado, eles tentaram roubar Castro Filho ao vê-lo sair de sua caminhonete, em frente à academia de ginástica. O piloto da moto ainda é procurado e teria sido o autor dos tiros.
De acordo com a polícia, outro detido confessou emprestar a moto e um terceiro teria vendido a arma usada pelos criminosos. Eles disseram que participavam de um assalto.
Hoje, às 16, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo concederá uma entrevista coletiva para relatar as investigações feitas sobre o assassinato.
Rio
O corpo do juiz será velado no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio, e não mais no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, como foi informado inicialmente.
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), levou o corpo de Vitória, onde foi velado na sede do TJ do Estado durante toda a madrugada, ao Rio, cidade onde o juiz nasceu. O enterro está marcado para as 15h.
Investigação
A polícia prendeu dez suspeitos de envolvimento no assassinato - dois deles são policiais militares.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que vai enviar para o Estado um reforço do serviço de inteligência da Polícia Federal para auxiliar a Polícia Civil nas investigações, segundo informações do Tribunal de Justiça.
Thomaz Bastos esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justiça, Alemer Ferraz Moulin, com o governador Paulo Hartung, com o secretário de Justiça, Luiz Moulin, com o secretário de Segurança Pública, com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Agesandro da Costa Pereira e deputados estaduais.
Segundo o secretário da Segurança Pública, o governo, em parceria com a ONG Espírito Santo Unido Contra o Crime, oferece R$ 10 mil por informações passadas ao Disque-Denúncias e que levem aos assassinos do juiz. O telefone é o 0/xx/27/ 3222-8144.
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