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25/03/2003
-
14h17
O corpo do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32, morto na manhã de ontem em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória, foi enterrado por volta das 14h no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio.
Cerca de 200 pessoas, entre amigos, ex-alunos e autoridades, estiveram presentes à cerimônia. Também acompanharam o enterro o ex-ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, o secretário de Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSB).
Emocionado, o pai do juiz, Alexandre Castro, disse que o responsável pela morte do filho foi o crime organizado e que o importante agora é prender os mandantes. "A Justiça não vai se intimidar. Esta foi a última frase que meu filho falou. Tenho certeza que todos vão honrar essa frase."
Castro filho foi velado ontem na sede do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, em Vitória. O corpo do juiz chegou ao Rio no fim da manhã de hoje num avião da FAB (Força Aérea Brasileira), e foi velado novamente na capela Santa Isabel.
O juiz foi assassinado no bairro Itapuã, em frente a uma academia. Castro Filho foi baleado por ocupantes de uma moto. Ele fazia parte do grupo de combate ao crime organizado do Estado.
Ele vinha sofrendo ameaças desde o ano passado.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
Ele teria dispensado o policial anteontem à noite, após um churrasco, e pedido para o segurança retornar por volta das 11h. Foi assassinado por volta das 8h.
Investigação
A polícia do Espírito Santo prendeu ontem dez suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
Na tarde de hoje, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo fará uma entrevista coletiva para informar sobre o andamento do caso.
Leia mais
Entenda a crise no Espírito Santo
Juiz assassinado havia recebido ameaças
Para governador, morte é tentativa de intimidação
Juiz era conhecido pelo rigor
Governo havia determinado escolta
Juiz assassinado no Espírito Santo é enterrado no Rio de Janeiro
da Folha OnlineO corpo do juiz da Vara de Execuções Penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32, morto na manhã de ontem em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória, foi enterrado por volta das 14h no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio.
Cerca de 200 pessoas, entre amigos, ex-alunos e autoridades, estiveram presentes à cerimônia. Também acompanharam o enterro o ex-ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, o secretário de Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSB).
Emocionado, o pai do juiz, Alexandre Castro, disse que o responsável pela morte do filho foi o crime organizado e que o importante agora é prender os mandantes. "A Justiça não vai se intimidar. Esta foi a última frase que meu filho falou. Tenho certeza que todos vão honrar essa frase."
Castro filho foi velado ontem na sede do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, em Vitória. O corpo do juiz chegou ao Rio no fim da manhã de hoje num avião da FAB (Força Aérea Brasileira), e foi velado novamente na capela Santa Isabel.
O juiz foi assassinado no bairro Itapuã, em frente a uma academia. Castro Filho foi baleado por ocupantes de uma moto. Ele fazia parte do grupo de combate ao crime organizado do Estado.
Ele vinha sofrendo ameaças desde o ano passado.
De acordo com o governo do Estado, o juiz chegou a dispensar a escolta em janeiro, mas voltou a ser escoltado há dez dias, quando o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente (a 565 km a oeste de São Paulo).
Ele teria dispensado o policial anteontem à noite, após um churrasco, e pedido para o segurança retornar por volta das 11h. Foi assassinado por volta das 8h.
Investigação
A polícia do Espírito Santo prendeu ontem dez suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz.
Foram apreendidas uma moto que pode ter sido utilizada pelos criminosos e duas pistolas: uma 765 _mesmo calibre usada para matar o juiz_ e outra calibre 0.40 _que pode ser a arma roubada de Castro Filho após o crime.
Na tarde de hoje, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo fará uma entrevista coletiva para informar sobre o andamento do caso.
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