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24/04/2003
-
03h56
da Folha de S.Paulo, no Rio
No seu período como governador do Rio de Janeiro (janeiro/1999 a abril/ 2002), o novo secretário de Segurança do Estado, Anthony Garotinho, modernizou parte das delegacias do Estado, mas não conseguiu reduzir o número de homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e nem a guerra entre traficantes ou entre traficantes e policiais.
O número de homicídios dolosos (com intenção) passou de 5.741 em 1998, último ano anterior ao seu governo, para 5.850 em 2001, último ano inteiro no qual Garotinho governou o Estado.
Houve também, no mesmo período, aumento de 47,69% no número de latrocínios, de 13,32% no de roubos de veículos, de 35,81% no de roubos a pedestres e de 57,47% no de roubos a residências.
Caíram os sequestros (47,05%), os roubos a bancos (53,56%), os roubos em ônibus (23,63%), os furtos de veículos (20,50%) e os estupros (8,64%). Os dados são da Secretaria de Segurança.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Rio terminou 2001 em 40,15, contra 23,52 do Brasil e 34,19 de São Paulo.
A permanência da criminalidade em níveis elevados gerou constantes crises na área de segurança do Estado -apesar dos investimentos de R$ 430 milhões, usados principalmente na renovação da frota policial, na informatização e reforma de parte das delegacias e na construção de casas de custódia para abrigar presos não-condenados.
Demissão pela TV
Na mais aguda crise, em março de 2000, o atual secretário Nacional de Segurança, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, foi demitido por Garotinho pela TV do cargo de coordenador de Segurança e Cidadania.
Soares, ao sair, acusou Garotinho de ter nomeado para cargos de chefia da área pessoas da chamada "banda podre" da polícia.
Um dossiê sobre suposta corrupção na polícia foi encaminhado ao Ministério Público do Estado, mas as investigações não tiveram consequências relevantes.
Garotinho chegou a afastar mais de 700 policiais que estavam sob investigação (embora nem todos estivessem na lista entregue por Soares ao Ministério Público), mas eles acabaram reintegrados por determinação da Justiça.
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Como governador, Garotinho não reduziu a violência
CHICO SANTOSda Folha de S.Paulo, no Rio
No seu período como governador do Rio de Janeiro (janeiro/1999 a abril/ 2002), o novo secretário de Segurança do Estado, Anthony Garotinho, modernizou parte das delegacias do Estado, mas não conseguiu reduzir o número de homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e nem a guerra entre traficantes ou entre traficantes e policiais.
O número de homicídios dolosos (com intenção) passou de 5.741 em 1998, último ano anterior ao seu governo, para 5.850 em 2001, último ano inteiro no qual Garotinho governou o Estado.
Houve também, no mesmo período, aumento de 47,69% no número de latrocínios, de 13,32% no de roubos de veículos, de 35,81% no de roubos a pedestres e de 57,47% no de roubos a residências.
Caíram os sequestros (47,05%), os roubos a bancos (53,56%), os roubos em ônibus (23,63%), os furtos de veículos (20,50%) e os estupros (8,64%). Os dados são da Secretaria de Segurança.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Rio terminou 2001 em 40,15, contra 23,52 do Brasil e 34,19 de São Paulo.
A permanência da criminalidade em níveis elevados gerou constantes crises na área de segurança do Estado -apesar dos investimentos de R$ 430 milhões, usados principalmente na renovação da frota policial, na informatização e reforma de parte das delegacias e na construção de casas de custódia para abrigar presos não-condenados.
Demissão pela TV
Na mais aguda crise, em março de 2000, o atual secretário Nacional de Segurança, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, foi demitido por Garotinho pela TV do cargo de coordenador de Segurança e Cidadania.
Soares, ao sair, acusou Garotinho de ter nomeado para cargos de chefia da área pessoas da chamada "banda podre" da polícia.
Um dossiê sobre suposta corrupção na polícia foi encaminhado ao Ministério Público do Estado, mas as investigações não tiveram consequências relevantes.
Garotinho chegou a afastar mais de 700 policiais que estavam sob investigação (embora nem todos estivessem na lista entregue por Soares ao Ministério Público), mas eles acabaram reintegrados por determinação da Justiça.
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