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30/10/2003 - 20h25

Previsão para volta de energia em Florianópolis é novamente adiada

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da Folha Online

O fornecimento de energia elétrica para a ilha de Santa Catarina --onde está localizado o centro administrativo de Florianópolis e do Estado-- só deve começar a ser normalizado por volta das 2h desta sexta-feira, segundo nova previsão da Celesc, empresa distribuidora de energia elétrica de Santa Catarina. A interrupção no fornecimento ocorreu por volta das 13h30 de ontem.

Por causa do corte de energia, o fornecimento de água na ilha também foi prejudicado. De acordo com o capitão Márcio Luiz, da Defesa Civil, o abastecimento é feito por pressão e por bombas. Também há problemas na telefonia celular e no trânsito.

A previsão inicial era que o fornecimento fosse restabelecido no final da tarde de hoje. Depois, o presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, afirmara que a energia estaria de volta às 20h para 45% da ilha.

De acordo com a assessoria de imprensa da Celesc, os trabalhos foram mais difíceis do que se esperava e o tempo também não ajudou.

A interrupção no fornecimento foi provocada pela explosão de um botijão de gás seguida de um incêndio. O acidente ocorreu quando uma equipe de técnicos da Celesc fazia a manutenção do sistema de transmissão de média tensão na parte inferior da ponte Colombo Salles, uma das ligações entre a ilha e o continente.

Segundo Schneider, cerca de 200 homens da empresa, da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e da Eletrosul trabalhavam hoje para que transmissão de energia seja restabelecida.

Dia atípico

Cerca de 300 mil pessoas estão sem energia. Nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, foi decretado ponto facultativo em órgãos públicos e as aulas foram suspensas. A maioria das lojas não abriu, e a população, atendendo apelos de diversas autoridades, procurou ficar em casa.

Mesmo assim, os congestionamentos, sobretudo na região de interligação entre a ilha e o continente, chegaram a quase dez quilômetros. As filas eram grandes em supermercados, postos de combustíveis e nos poucos restaurantes e bares que abriram as portas

A Polícia Militar está mantendo todo o seu efetivo nas ruas. "Não está havendo nem troca de turno. Estamos trabalhando direto para garantir a segurança da população", disse o comandante do 1º Batalhão da Capital, Álvaro Maus.

Segundo o comandante do Policiamento Metropolitano, Eliésio Rodrigues, as ocorrências policiais reduziram ontem. "Geralmente são atendidas de 500 a 600 ocorrências por dia na capital. Ontem, tivemos uma queda de 30 a 40%", disse Rodrigues.

Segundo ele, cerca de 1.400 policiais estavam nas ruas, além de 75 carros de polícia e 30 motos. Normalmente, são 900 policiais e 45 carros.

Até o início da noite, não havia registro de saques nem de acidentes graves na região afetada pela falta de luz. As autoridades alertam a população para manter a calma, economizar água e ficar em casa. A companhia de energia está fornecendo diesel para hospitais e presídios.

Prejuízos

Questionado sobre a fragilidade no sistema de transmissão de energia para a ilha, Schneider disse que a rede não é vulnerável. "O que aconteceu foi um acidente, uma coisa que não estava prevista. Isto não quer dizer que seja um sistema frágil."

O presidente da Celesc afirmou ainda que a empresa não tinha um "plano B" porque "só há um plano B, um plano de emergência, quando se sabe que há riscos. Apesar disso, vamos estudar para evitar novos problemas".

Quanto a eventuais prejuízos que clientes da Celesc possam ter em decorrência da queda de energia, Schneider disse que ainda é cedo para pensar em ressarcimentos. "Primeiro estamos concentrando esforços para que o sistema seja restabelecido. Depois temos que investigar as causas do acidente", disse.

Aneel

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) esperava receber um relatório sobre o problema em Florianópolis até o final da tarde de hoje, porém, o presidente da Celesc disse que isso não deve ser possível.

"Eles terão que ter paciência. No momento é impossível passar qualquer informação. Nós não pudemos nem mesmo entrar no local onde houve a explosão para avaliar os estragos", disse.

A previsão era de que os técnicos pudessem entrar no vão da ponte onde houve o acidente no início da tarde, mas foram proibidos pelos bombeiros, já que o calor e o nível de gases tóxicos ainda são attos.

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