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25/07/2004
-
07h34
da Folha de S.Paulo
Depois do Guarapiranga, o próximo sistema de abastecimento da Grande São Paulo na "fila da degradação" é o Alto Tietê. A piora da qualidade da água armazenada, principalmente na represa Taiaçupeba, já preocupa a Sabesp, a Cetesb, o Dusm (Departamento do Uso do Solo Metropolitano) e especialistas do assunto.
Para a empresa de saneamento, o Alto Tietê passa, ao menos desde 1998, por um processo de deterioração semelhante ao enfrentado pelo Guarapiranga no fim dos anos 80, que culminou, em 1991, com a uma proliferação tão intensa de algas, que se formou uma crosta verde sobre a represa.
As diferenças no caso do Alto Tietê são duas: a existência hoje de um sistema de tratamento mais avançado do que nos anos 90, que facilita por um lado lidar com as algas; e a diversidade das fontes de poluição, o que não ocorre na Guarapiranga e dificulta atacar a raiz do problema.
Além do esgoto doméstico, vão parar nas represas também solo e nutrientes agrícolas --na região está o Cinturão Verde de São Paulo, reduto da produção de hortaliças-- e efluentes industriais.
Isso sem falar na especulação imobiliária já desencadeada pelos dois novos reservatórios do sistema, Biritiba e Paraitinga, que estão sendo implantados. "As pessoas querem ter um sítio em cima da represa e temos de ficar atentos contra desmatamentos", diz José Abilio de Gouveia Teixeira, que coordena o Dusm na região.
A área de mananciais do Alto Tietê é a maior da Grande São Paulo, mas tem o menor número de agentes do Dusm: cinco pessoas para fiscalizar 1.332 km2 (quase a cidade de São Paulo).
Teixeira afirma que o órgão intensificou o trabalho com a Casa da Agricultura de Mogi das Cruzes para melhoramento das técnicas agrícolas.
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Sistema do Alto Tietê está na "fila da degradação"
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Depois do Guarapiranga, o próximo sistema de abastecimento da Grande São Paulo na "fila da degradação" é o Alto Tietê. A piora da qualidade da água armazenada, principalmente na represa Taiaçupeba, já preocupa a Sabesp, a Cetesb, o Dusm (Departamento do Uso do Solo Metropolitano) e especialistas do assunto.
Para a empresa de saneamento, o Alto Tietê passa, ao menos desde 1998, por um processo de deterioração semelhante ao enfrentado pelo Guarapiranga no fim dos anos 80, que culminou, em 1991, com a uma proliferação tão intensa de algas, que se formou uma crosta verde sobre a represa.
As diferenças no caso do Alto Tietê são duas: a existência hoje de um sistema de tratamento mais avançado do que nos anos 90, que facilita por um lado lidar com as algas; e a diversidade das fontes de poluição, o que não ocorre na Guarapiranga e dificulta atacar a raiz do problema.
Além do esgoto doméstico, vão parar nas represas também solo e nutrientes agrícolas --na região está o Cinturão Verde de São Paulo, reduto da produção de hortaliças-- e efluentes industriais.
Isso sem falar na especulação imobiliária já desencadeada pelos dois novos reservatórios do sistema, Biritiba e Paraitinga, que estão sendo implantados. "As pessoas querem ter um sítio em cima da represa e temos de ficar atentos contra desmatamentos", diz José Abilio de Gouveia Teixeira, que coordena o Dusm na região.
A área de mananciais do Alto Tietê é a maior da Grande São Paulo, mas tem o menor número de agentes do Dusm: cinco pessoas para fiscalizar 1.332 km2 (quase a cidade de São Paulo).
Teixeira afirma que o órgão intensificou o trabalho com a Casa da Agricultura de Mogi das Cruzes para melhoramento das técnicas agrícolas.
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