Contra
a Aids, presidente do Quênia propõe abstinência
Natasha
Madov
Especial para o GD
Com um
portador do vírus HIV para cada quinze pessoas e de
500 a 700 mortes em decorrência da Aids por dia, o Quênia
implora por uma política de prevenção
da doença. Mas o máximo que o país conseguiu
é ver o vexame de seu presidente, Daniel Arap Moi,
pedir à população que se abstenha de
sexo por "pelo menos os próximos dois anos."
Arap Moi
até que tentou. Anunciou um plano de importação
de 300 milhões de preservativos a serem distribuídos,
em uma cota de 60 unidades por ano para cada homem em idade
sexualmente ativa. Mas, não se sabe bem se os custos
(US$ 14 milhões) ou a pressão da oposição
de grupos religiosos fizeram com que o político mudasse
de idéia e declarasse que se sentia envergonhado de
gastar dinheiro "com essas coisas".
Com isso,
o presidente fez o pedido encarecido à população
para que não fizesse sexo, já que trazer as
camisinhas significaria estimular o adultério e o sexo
antes do casamento. Anteriormente, ele já havia proposto
a pena de morte para soropositivos que transassem conscientemente
sem proteção, e perpétua para seqüestradores.
Enquanto
isso, os quenianos se protegem como podem: com rituais de
bruxaria ou, caso já estejam infectados, se valendo
da superstição que fazer sexo com uma mulher
virgem pode "limpá-los" da doença
e aumentando o índice de estupros do país.
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