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 Dia 29.07.02

     

 

Prezado sr. Dimenstein

Afirmar que a lista de aprovados no vestibular da USP ou de universidades públicas revela discriminação contra negros só seria plausível se os examinadores tivesse acesso aos dados raciais do candidato no momento da correção das provas. Se não há correlação entre raça e capacidade intelectual, então seleção por capacidade intelectual não é o mesmo que seleção racial.

Reservar vagas compulsoriamente para negros significará necessariamente que melhores candidatos serão preteridos em favor de piores candidatos. Como vai repercutir isso na vida profissional posterior? Os clientes de médicos e advogados não poderão ser obrigados a escolhê-los em função de sua raça.

E, no Brasil, quem vai decidir quem é negro ou pardo? Qualquer candidato pode dizer que é, ou se sente, pardo - como questionar isso? Esse seria, de fato, meu conselho a todos os candidatos, se uma medida discriminatória como essa for adotada.

O pior de tudo é que os negros e pardos capazes, que têm condições de enfrentar o vestibular com todas as honras, serão jogados, aos olhos do público, na vala comum dos que se beneficiaram da discriminação racial.

A experiência foi testada e reprovada nos Estados Unidos. Ela só serve ao populismo. Seu artigo é superficial e desinformativo - um desserviço à sociedade.

Prof. Dr. José Oscar de Almeida Marques
Departamento de Filosofia
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Universidade Estadual de Campinas

 

 
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