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Dia 08.03.01 às 18:h15
 

 

Aumenta participação da mulher no trabalho, mas elas continuam ganhando menos

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Durante toda a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher os jornais estamparam notícias sobre o crescimento da inserção da mulher no mercado de trabalho. Porém, segundo pesquisa divulgada hoje, dia 8 de março, pelo Dieese, esse crescimento não foi acompanhado de uma melhor remuneração, ou mesmo de uma melhoria na qualidade do trabalho.

Apesar de já ocuparem, 41,4% da População Economicamente Ativa (0,73% a mais do que o ano passado), a pesquisa aponta que em relação à renda as mulheres estão em pior situação que os homens em todas as regiões pesquisadas. As cidades de Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP) são a que apresentam as maiores diferenciações salariais. Nestas duas regiões as mulheres ganham 60,5% e 61,9% do rendimento médio real dos homens, respectivamente.

Outro estudo, elaborado pela Fundação Seade, mostra que o rendimento médio mensal dos homens atingiu R$1.108, enquanto para as mulheres, estagnou em R$712. Já para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média do salário das brasileiras é de 60,7% dos rendimentos dos homens.

"Para diminuir as diferença entre homens e mulheres, como também negros e não-negros, devem ser criadas ações efetivas de reeducação e conscientização de caráter sindical e político", afirma Patrícia Lino Costa, economista do Dieese. Para ela, esse tipo de mudança não ocorrerá espontaneamente dentro do mercado de trabalho.

A escolaridade também é um ponto importante, de acordo com Patrícia, para demonstrar que a discriminação no mercado de trabalho ainda existe. "As mulheres estão estudando mais que os homens, mas não há um aumento considerável da média salarial", argumenta.

Dados da Fundação Seade corroboram com essa idéia: a parcela feminina com Ensino Médio completo e Ensino Superior incompleto ou completo do PEA (População Economicamente Ativa), chegou a 40,6%, enquanto que os homens mantiveram a média de 33%.

Quanto a qualidade do trabalho, um grande número de trabalhadoras exercem suas atividades com vínculos empregatícios frágeis sem qualquer benefício social. Segundo o Dieese, mais de 44% das trabalhadoras estão nessa situação.

De acordo com pesquisa do Banco Mundial (Bird) divulgada ontem em Washington, os países onde as mulheres têm mais acesso à educação, à propriedade e aos empregos têm níveis significativamente mais baixos de corrupção e pobreza ."As evidências neste relatório indicam que educação, saúde, produtividade, crédito e governo funcionam melhor quando há mulheres envolvidas nestes processos", disse Nicholas Stern, economista-chefe do Bird.

 

 
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