Inflação
bate novo recorde Cristina
Veiga Especial
GD A inflação bateu novo recorde: teve uma alta de
1,51%, apenas na primeira quadrissemana de agosto. É o maior Índice
de Preços ao Consumidor do ano, segundo a Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo. Esse
valor já ultrapassou as expectativas da Fipe, que previa para este mês
uma inflação mensal de 1%. Mas não chegou a assustar o mercado. "Já
prevíamos esta alta. É reflexo do aumento dos combustíveis
nos transportes e das tarifas de energia, água, telefone na habitação",
afirmou ao GD o economista chefe do HSBC, Alexandre Basoli. Os itens que
pressionaram os preços no município de São Paulo foram transportes
(2,43%) e habitação (2,27%). Apesar desse último ter sofrido
um aumento menor, seu peso é bem maior ao responder por quase um terço
da composição do índice. Na inflação de 1,51%
apurada pela Fipe, o custo da habitação contribuiu com 0,74 ponto
percentual, enquanto que os transportes acrescentaram 0,39 ponto. "Acredito
que estejamos no pico da inflação porque é o momento de máximo
impacto", complementou Basoli. Não que esteja otimista, ao contrário.
O economista só diz que essa alta já era esperada. "O quadro
é pior do que se imaginava no início do ano. A previsão é
de que a inflação seja de 6% e não de 4%", disse para
complementar: "É reflexo da taxa de câmbio". A inflação
no municípío de São Paulo apresentou alta crescente desde
o início de 2001, à exceção do mês de maio,
quando teve uma queda significativa. Em janeiro, ela bateu 0,38%, 0,11% em fevereiro,
0,51% em março, 0,61% em abril, 0,17% em maio, 0,85% em junho. O IPC de
agosto do ano passado foi de 1,55%.
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