Publicidade
Publicidade
14/12/2006
-
14h33
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo se reuniu pela segunda vez neste mês com as centrais sindicais, mas não apresentou uma proposta para o reajuste do salário mínimo. Um outro encontro foi marcado para terça-feira (dia 19), às 20h.
"O governo deve apresentar uma proposta que provavelmente não vai ser os R$ 420 que queremos e nem os R$ 375 que o Congresso Nacional está falando", disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical.
As centrais sindicais pedem que o mínimo seja reajustado dos atuais R$ 350 para R$ 420, um aumento de 20%, e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,67%.
Para Paulinho, a proposta de R$ 367 (4,86%) do ministro Guido Mantega (Fazenda) já está 'queimada', já que ele mesmo teria autorizado o relator-geral do Orçamento de 2007, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a colocar no relatório o mínimo de R$ 375 (7,14%).
Segundo o ministro Luiz Marinho (Trabalho), não há nenhuma proposta formal do governo. 'O ministro Mantega que venha aqui explicar porque é assim.'
O ministro Nelson Machado (Previdência) também participou da reunião e apresentou aos sindicalistas os dados sobre as contas da Previdência e que no déficit previsto para esse ano (R$ 42,5 bilhões), R$ 18 bilhões são referentes a renúncias --dadas a microempresas, entidades filantrópicas, clubes de futebol e produção rural destinada à exportação.
Segundo Machado, a cada R$ 1 de reajuste no mínimo, o governo tem um gasto entre R$ 190 milhões a R$ 200 milhões ao ano. Ele disse ainda que a sociedade tem que pensar em qual modelo de Previdência quer deixar para as futuras gerações.
'Todo mundo sabe que no longo prazo todas as sociedades refazem seu contrato social. Ontem o presidente Lula sinalizou que vai abrir um debate para o futuro', disse.
Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique da Silva Santos, é importante uma política de valorização do mínimo.
'Se não tivermos uma política de valorização permanente a nossa proposta ficará em R$ 420', disse.
Leia mais
Câmara aprova correção de 3% para a tabela do IR
Fim da TR obrigatória na compra de casa própria passa no Senado
Lula sinaliza reformas de trabalho e Previdência
Projeto da Super-Receita tem aprovação no Senado
Bilionário mexicano eleva para US$ 10 bi a oferta pela TIM Brasil
Para Abilio, consumo não deslancha no próximo ano
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o reajuste do mínimo
Governo e centrais não chegam a acordo sobre salário mínimo
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O governo se reuniu pela segunda vez neste mês com as centrais sindicais, mas não apresentou uma proposta para o reajuste do salário mínimo. Um outro encontro foi marcado para terça-feira (dia 19), às 20h.
"O governo deve apresentar uma proposta que provavelmente não vai ser os R$ 420 que queremos e nem os R$ 375 que o Congresso Nacional está falando", disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical.
As centrais sindicais pedem que o mínimo seja reajustado dos atuais R$ 350 para R$ 420, um aumento de 20%, e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,67%.
Para Paulinho, a proposta de R$ 367 (4,86%) do ministro Guido Mantega (Fazenda) já está 'queimada', já que ele mesmo teria autorizado o relator-geral do Orçamento de 2007, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a colocar no relatório o mínimo de R$ 375 (7,14%).
Segundo o ministro Luiz Marinho (Trabalho), não há nenhuma proposta formal do governo. 'O ministro Mantega que venha aqui explicar porque é assim.'
O ministro Nelson Machado (Previdência) também participou da reunião e apresentou aos sindicalistas os dados sobre as contas da Previdência e que no déficit previsto para esse ano (R$ 42,5 bilhões), R$ 18 bilhões são referentes a renúncias --dadas a microempresas, entidades filantrópicas, clubes de futebol e produção rural destinada à exportação.
Segundo Machado, a cada R$ 1 de reajuste no mínimo, o governo tem um gasto entre R$ 190 milhões a R$ 200 milhões ao ano. Ele disse ainda que a sociedade tem que pensar em qual modelo de Previdência quer deixar para as futuras gerações.
'Todo mundo sabe que no longo prazo todas as sociedades refazem seu contrato social. Ontem o presidente Lula sinalizou que vai abrir um debate para o futuro', disse.
Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique da Silva Santos, é importante uma política de valorização do mínimo.
'Se não tivermos uma política de valorização permanente a nossa proposta ficará em R$ 420', disse.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice