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28/02/2007
-
13h28
da Folha Online
O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira que as quedas nas Bolsas americanas ocorridas ontem não tiveram um "único gatilho" e que que os mercados financeiros parecem estar "funcionando bem".
Segundo Bernanke, a queda ocorrida em Wall Street ontem --quando o índice Dow Jones Industrial Average chegou a registrar perda de 4,3%-- não mudou a visão do Fed sobre o cenário econômico americano. "Não há nenhuma mudança material nas expectativas para a economia dos EUA desde a última vez em que falei ao Congresso há algumas semanas", disse.
"Se o setor imobiliário começar a se estabilizar e algumas das correções de estoques ainda em curso forem completadas, há uma possibilidade razoável de reforçar a economia em algum ponto em meados deste ano", disse Bernanke.
Ele destacou que o governo, as agências reguladoras e o próprio Federal Reserve vêm acompanhando com atenção os movimentos no mercado acionário.
O choque nos mercados acionários de ontem foi causado pelos rumores de que o governo chinês iria taxar em 20% os ganhos de capital no país. O Ministério das Finanças chinês e a Administração Fiscal Nacional, no entanto, negaram os rumores, dizendo que não têm planos de cobrar impostos sobre os ganhos de capital dos pequenos investidores, segundo o "Shanghai Securities News".
Bernanke rejeitou ainda a possibilidade de que os bancos centrais estrangeiros, em particular o da China, venham a se desfazer de seus "treasuries" --títulos do Tesouro norte-americano, considerados a aplicação mais segura.
"Não é do interesse da China ou do Japão se desfazerem dos 'treasuries' (...) Não tenho nenhuma expectativa de que isso vá acontecer", afirmou. Ele também, descartou a hipótese de que uma onda de vendas de treasuries possa vir a ser uma ameaça séria tanto à economia como ao sistema financeiro dos EUA.
O presidente do Fed fez as declarações durante sessão com o Comitê Orçamentário da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) do Congresso.
Em sua fala ao comitê, Bernanke renovou sua avaliação, de que se o déficit fiscal americano não for revertido, o peso dos gastos do governo, em particular com programas sociais, irá enfraquecer a economia.
"Um círculo vicioso pode surgir, no qual o déficit [do Orçamento] leva a um rápido crescimento do endividamento e dos pagamentos de juros, que por sua vez geram mais déficit", afirmou.
Com o tempo, os EUA terão de mudar para políticas sustentáveis e que levem a apoiar o programa de aposentadorias da Previdência sem impor custos desnecessários ao contribuinte.
No dia 18 de janeiro, Bernanke lembrou que os gastos do governo com os programas sociais, como a Previdência, o Medicare e o Medicaid (programas de seguro-saúde do governo) no ano passado representaram 40% de todos os desembolsos federais, cerca de 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o presidente do Fed, esses desembolsos devem chegar a 10,5% do PIB até 2015 e a 15% até 2030.
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Bernanke diz que quedas nas Bolsas não tiveram um "único gatilho"
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira que as quedas nas Bolsas americanas ocorridas ontem não tiveram um "único gatilho" e que que os mercados financeiros parecem estar "funcionando bem".
Segundo Bernanke, a queda ocorrida em Wall Street ontem --quando o índice Dow Jones Industrial Average chegou a registrar perda de 4,3%-- não mudou a visão do Fed sobre o cenário econômico americano. "Não há nenhuma mudança material nas expectativas para a economia dos EUA desde a última vez em que falei ao Congresso há algumas semanas", disse.
"Se o setor imobiliário começar a se estabilizar e algumas das correções de estoques ainda em curso forem completadas, há uma possibilidade razoável de reforçar a economia em algum ponto em meados deste ano", disse Bernanke.
Ele destacou que o governo, as agências reguladoras e o próprio Federal Reserve vêm acompanhando com atenção os movimentos no mercado acionário.
O choque nos mercados acionários de ontem foi causado pelos rumores de que o governo chinês iria taxar em 20% os ganhos de capital no país. O Ministério das Finanças chinês e a Administração Fiscal Nacional, no entanto, negaram os rumores, dizendo que não têm planos de cobrar impostos sobre os ganhos de capital dos pequenos investidores, segundo o "Shanghai Securities News".
Bernanke rejeitou ainda a possibilidade de que os bancos centrais estrangeiros, em particular o da China, venham a se desfazer de seus "treasuries" --títulos do Tesouro norte-americano, considerados a aplicação mais segura.
"Não é do interesse da China ou do Japão se desfazerem dos 'treasuries' (...) Não tenho nenhuma expectativa de que isso vá acontecer", afirmou. Ele também, descartou a hipótese de que uma onda de vendas de treasuries possa vir a ser uma ameaça séria tanto à economia como ao sistema financeiro dos EUA.
O presidente do Fed fez as declarações durante sessão com o Comitê Orçamentário da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) do Congresso.
Em sua fala ao comitê, Bernanke renovou sua avaliação, de que se o déficit fiscal americano não for revertido, o peso dos gastos do governo, em particular com programas sociais, irá enfraquecer a economia.
"Um círculo vicioso pode surgir, no qual o déficit [do Orçamento] leva a um rápido crescimento do endividamento e dos pagamentos de juros, que por sua vez geram mais déficit", afirmou.
Com o tempo, os EUA terão de mudar para políticas sustentáveis e que levem a apoiar o programa de aposentadorias da Previdência sem impor custos desnecessários ao contribuinte.
No dia 18 de janeiro, Bernanke lembrou que os gastos do governo com os programas sociais, como a Previdência, o Medicare e o Medicaid (programas de seguro-saúde do governo) no ano passado representaram 40% de todos os desembolsos federais, cerca de 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o presidente do Fed, esses desembolsos devem chegar a 10,5% do PIB até 2015 e a 15% até 2030.
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