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19/04/2007
-
08h27
da Efe, em Washington
Graeme Wheeler, um dos dois diretores gerentes do Bird (Banco Mundial), pediu na quarta-feira (18) a Paul Wolfowitz que deixe a presidência pelo bem da instituição, segundo confirmaram fontes do órgão. O cargo de diretor-gerente é o mais alto no banco depois do de Wolfowitz.
Além de Wheeler, o outro diretor-gerente é o ex-ministro da Fazenda de El Salvador Juan José Daboub. Os dois foram escolhidos para o posto pelo próprio Wolfowitz, em abril de 2006.
Wheeler, um ex-funcionário do Tesouro neozelandês muito respeitado no Banco Mundial, fez seu pedido durante a reunião semanal que Wolfowitz tem com os vice-presidentes regionais e os dois diretores-gerentes.
Fontes ligadas à reunião disseram que os outros membros se mostraram divididos. Marwan al-Muasher, vice-presidente de relações externas, disse não querer fazer comentários sobre "assuntos privados dentro do Bird".
A opinião de Wheeler deve influenciar a reunião desta quinta-feira do Conselho Executivo. Na pauta está o escândalo de suposto nepotismo, relacionado com a promoção e o aumento de salário de Shaha Ali Riza, uma funcionária da instituição e namorada de Wolfowitz.
A Associação de Empregados do banco também pediu a saída do presidente. No último domingo, porém, ele disse que pretende continuar no posto.
A polêmica
Wolfowitz ordenou uma promoção e um aumento de salário para sua companheira, uma britânica de origem árabe que foi transferida para o Departamento de Estado após a chegada de Wolfowitz ao Bird, para evitar o conflito de interesses devido a sua relação pessoal.
O presidente do Bird reconheceu ter cometido um "erro" ao decidir as condições da mudança e pediu perdão publicamente.
O Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 185 membros do banco, se reunirá para avaliar o assunto.
O órgão diretor prometeu na sexta-feira passada que atuaria "com rapidez" para chegar a "uma conclusão ou possíveis medidas" no escândalo.
O grupo europeu, o mais duro com Wolfowitz, não apresenta uma posição fechada. Os britânicos, alemães e holandeses aparecem como os mais críticos. EUA, Canadá, Japão e os países africanos apóiam o presidente, que assim contaria com os votos necessários para manter o posto.
A dúvida é se Wolfowitz teria a autoridade moral necessária para dirigir a instituição que concede empréstimos de cerca de US$ 20 bilhões por ano para a ajuda ao desenvolvimento.
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Graeme Wheeler, um dos dois diretores gerentes do Bird (Banco Mundial), pediu na quarta-feira (18) a Paul Wolfowitz que deixe a presidência pelo bem da instituição, segundo confirmaram fontes do órgão. O cargo de diretor-gerente é o mais alto no banco depois do de Wolfowitz.
Além de Wheeler, o outro diretor-gerente é o ex-ministro da Fazenda de El Salvador Juan José Daboub. Os dois foram escolhidos para o posto pelo próprio Wolfowitz, em abril de 2006.
Howard Burditt/Reuters |
Paul Wolfowitz é acusado de nepotismo ao promover namorada |
Fontes ligadas à reunião disseram que os outros membros se mostraram divididos. Marwan al-Muasher, vice-presidente de relações externas, disse não querer fazer comentários sobre "assuntos privados dentro do Bird".
A opinião de Wheeler deve influenciar a reunião desta quinta-feira do Conselho Executivo. Na pauta está o escândalo de suposto nepotismo, relacionado com a promoção e o aumento de salário de Shaha Ali Riza, uma funcionária da instituição e namorada de Wolfowitz.
A Associação de Empregados do banco também pediu a saída do presidente. No último domingo, porém, ele disse que pretende continuar no posto.
A polêmica
Wolfowitz ordenou uma promoção e um aumento de salário para sua companheira, uma britânica de origem árabe que foi transferida para o Departamento de Estado após a chegada de Wolfowitz ao Bird, para evitar o conflito de interesses devido a sua relação pessoal.
O presidente do Bird reconheceu ter cometido um "erro" ao decidir as condições da mudança e pediu perdão publicamente.
O Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 185 membros do banco, se reunirá para avaliar o assunto.
O órgão diretor prometeu na sexta-feira passada que atuaria "com rapidez" para chegar a "uma conclusão ou possíveis medidas" no escândalo.
O grupo europeu, o mais duro com Wolfowitz, não apresenta uma posição fechada. Os britânicos, alemães e holandeses aparecem como os mais críticos. EUA, Canadá, Japão e os países africanos apóiam o presidente, que assim contaria com os votos necessários para manter o posto.
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