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01/05/2007 - 18h57

CUT poupa Lula, critica governo de São Paulo e promete greve

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MÁRCIO RODRIGUES
da Folha Online

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, rebateu nesta terça-feira as críticas feitas pelo secretário do Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, dizendo que ele deveria se preocupar em fazer com que acordos trabalhistas fossem respeitados. A festa do Dia do Trabalho da central foi realizada no centro de São Paulo e reuniu cerca de 800 mil, segundo a organização.

Em comentário feito pela manhã, em festa da Força Sindical, Afif disse que "há uma espécie de acomodação das centrais no governo" e que essas precisariam ter uma pitadinha de senso crítico.

Artur Henrique, presidente da CUT, disse que central foi a que mais fez greve durante o governo Lula, lutando por direitos da saúde e da educação.

"Não faríamos isso se os acordos trabalhistas fossem respeitados", avaliou Henrique antes de dizer que "como secretário do Trabalho, Guilherme Afif, deveria resolver os problemas de respeitabilidade aos acordos, e não apenas criticar". Henrique se referia, entre outras coisas, às demissões feitas pelo Metrô após greve realizada na última semana.

As críticas de Afif também se referiam ao fato de as centrais sindicais terem optado pelo ambiente como tema central das festa do Dia do Trabalho em 2007. Ele disse que preferia o tema do ano passado, ligado à questão dos impostos.

No entanto, durante o ato político promovido pela CUT, o tema ambiente não foi mencionado. Os principais assuntos levantados foram o desenvolvimento do país com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), garantias dos direitos ao trabalhador e manutenção do veto à emenda 3.

Além disso, o ato político da central não contou com a presença das figuras mais marcantes da política nacional. Isso porque, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), a ministra Marta Suplicy (Turismo), o presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia e o senador petista Eduardo Suplicy, estiveram mais cedo no evento e não ficaram para o ato.

Críticas

Se por um lado o governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram poupados, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, foi duramente criticado ao longo do ato político da CUT.

Entre os motivos das críticas está a demissão de cinco metroviários devido à paralisação de uma hora e meia realizada na última semana contra a derrubada do veto à emenda 3.

Além disso, segundo o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, "o governador tem deixado os trabalhadores da saúde e da educação em condições precárias". Diante disso, a CUT e as demais centrais sindicais estão organizando uma paralisação dos segmentos atingidos no Estado para próximo dia 10 de maio.

Ainda existe a possibilidade de uma paralisação geral no dia 23, quando está prevista a votação da derrubada do veto à emenda 3.

Segundo a direção da CUT, tudo depende de como estarão as negociações sobre o tema até essa data. Se necessário, haverá um movimento nacional de paralisação para pressionar a Câmara dos Deputados, diz a entidade.

A emenda 3 foi incluída por parlamentares na lei que criou a Super-Receita e vetada pelo presidente Lula no mês passado. Ela proíbe que os auditores fiscais multem e tenham o poder para desfazer pessoas jurídicas quando for constatado que a relação de prestação de serviços com uma outra empresa é, na verdade, uma relação trabalhista. Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, apenas a Justiça do Trabalho teria esse poder.

As centrais sindicais foram contra a emenda porque temiam a precarização das relações trabalhistas.

Ausência

Sobre a ausência do ministro Luiz Marinho (Previdência), Artur Henrique afirmou que a pergunta deveria ser feita ao próprio ministro, mas disse que se ele viesse a CUT diria o que disse aos demais colegas dele, ou seja, "que não esta disposta a abrir mão de nenhum direito do trabalhador, nem previdênciário nem trabalhista."

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