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10/05/2007
-
07h20
da Folha Online
da Folha Online, em Brasília
O governo brasileiro e a Petrobras esperam para o final da manhã desta quinta-feira (10) a resposta da Bolívia sobre a proposta feita pela estatal brasileira para a venda integral de suas duas refinarias no país vizinho.
Na tarde de quarta-feira, uma fonte do alto escalão do governo informou à Folha Online que a venda deverá ser fechada em cerca de US$ 110 milhões. Segundo a fonte, desse total, US$ 70 milhões seriam referentes às instalações físicas das refinarias e US$ 40 milhões relativos aos estoques. Na Bolívia, fontes indicaram que o valor discutido estaria na casa de US$ 112 milhões.
Pela última proposta apresentada, a Petrobras pretendia receber US$ 80 milhões pelas refinarias e US$ 40 milhões pelos estoques, mas teria sido orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceitar a contraproposta boliviana.
Por meio de nota divulgada no final da tarde, porém, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República afirmou que além de o acordo ainda não estar fechado, Lula não tomou parte das negociações, já que seu dia foi totalmente voltado à recepção do papa Bento 16. "Em momento algum tratou do assunto das refinarias na Bolívia, que é da alçada da Petrobras", diz a nota.
Antes disso, a fonte ouvida pela Folha Online afirmou que, na avaliação do Planalto, o prejuízo político de um "mau acordo" teria reflexos ruins para o governo boliviano, que enfrenta pressões da oposição, e o Brasil poderia acabar responsabilizado por aumentar ainda mais a instabilidade no país vizinho.
Ainda na quarta-feira, o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, reforçou que o resultado do acordo só sairia nesta quinta e que, caso não haja bons resultados, a Petrobras deve recorrer à arbitragem internacional.
Reunião
O presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, se reuniu nesta quarta-feira com o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquepa, e membros do governo de Evo Morales para esclarecer a proposta apresentada na última segunda-feira pela Petrobras.
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer na Bolívia.
O decreto concedeu à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país.
As duas instalações da Petrobras, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões. As unidades são as duas maiores que operam no país vizinho e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia.
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da Folha Online, em Brasília
O governo brasileiro e a Petrobras esperam para o final da manhã desta quinta-feira (10) a resposta da Bolívia sobre a proposta feita pela estatal brasileira para a venda integral de suas duas refinarias no país vizinho.
Na tarde de quarta-feira, uma fonte do alto escalão do governo informou à Folha Online que a venda deverá ser fechada em cerca de US$ 110 milhões. Segundo a fonte, desse total, US$ 70 milhões seriam referentes às instalações físicas das refinarias e US$ 40 milhões relativos aos estoques. Na Bolívia, fontes indicaram que o valor discutido estaria na casa de US$ 112 milhões.
Pela última proposta apresentada, a Petrobras pretendia receber US$ 80 milhões pelas refinarias e US$ 40 milhões pelos estoques, mas teria sido orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceitar a contraproposta boliviana.
Por meio de nota divulgada no final da tarde, porém, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República afirmou que além de o acordo ainda não estar fechado, Lula não tomou parte das negociações, já que seu dia foi totalmente voltado à recepção do papa Bento 16. "Em momento algum tratou do assunto das refinarias na Bolívia, que é da alçada da Petrobras", diz a nota.
Antes disso, a fonte ouvida pela Folha Online afirmou que, na avaliação do Planalto, o prejuízo político de um "mau acordo" teria reflexos ruins para o governo boliviano, que enfrenta pressões da oposição, e o Brasil poderia acabar responsabilizado por aumentar ainda mais a instabilidade no país vizinho.
Ainda na quarta-feira, o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, reforçou que o resultado do acordo só sairia nesta quinta e que, caso não haja bons resultados, a Petrobras deve recorrer à arbitragem internacional.
Reunião
O presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, se reuniu nesta quarta-feira com o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquepa, e membros do governo de Evo Morales para esclarecer a proposta apresentada na última segunda-feira pela Petrobras.
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer na Bolívia.
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