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04/07/2008 - 10h06

Fatores globais e locais devem aumentar preços de cereais na China

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da Xinhua, em Pequim

Os preços dos cereais poderão continuar subindo neste ano, apesar de um quase equilíbrio entre demanda e oferta na China, disse nesta sexta-feira a subdiretora da Administração de Cereais do Estado, Zeng Liying, em um seminário realizado em Pequim (capital do país).

"As pressões para a alta dos preços de cereais persistirão na China neste ano, como resultado dos crescentes custos agrícolas, altos preços no mercado internacional e receios sobre mais altas no valor das compras mínimas", explicou a dirigente chinesa.

O país dobrou os preços de compra mínimos do arroz e trigo este ano, para incentivar a produção de grãos e deter a inflação, que atingiu 8,7% em fevereiro, uma alta recorde nos últimos 11 anos.

Uma grande safra de verão pelo quinto ano consecutivo aumentou a confiança do governo para garantir o suprimento e aliviar a inflação. Globalmente, a falta de cereais também está sendo resolvida, pois um bom clima ajudou a incrementar a produção de alimentos nas principais áreas produtoras do mundo.

No entanto, de acordo com Zeng, a demanda pelos cereais continuará crescendo, já que o mundo tem de sustentar 76 milhões de pessoas a mais do que há cinco anos. O rápido desenvolvimento da bioenergia, estimulado pela alta dos preços do petróleo e que, geralmente, consome grãos, também estimula uma demanda ainda maior por esses produtos.

A subdiretora disse ainda que o suprimento de trigo, milho e arroz é suficiente na China, e que o que falta é soja. Assim, mesmo sem falta de trigo, milho e arroz, as exportações de soja ainda expõem o país aos riscos de inflação no mercado internacional.

"A longo prazo, o mercado de cereais do país será, cada vez mais, influenciado pelo mercado global", acrescentou.

A China tem de 150 milhões a 200 milhões de toneladas de reservas de cereais, de acordo com o Ministério da Agricultura do país. Mas o ministro chinês havia admitido que manter a auto-suficiência de cereais se tornará ainda mais difícil, já que as pessoas têm necessidades de mais diversos e melhores produtos alimentícios.

Comentários dos leitores
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
Vejam bem politicos e corruptos, não tem diferença,essa merkel está de olho só no nosso petroleo e nada mais, pois quem tocou no assunto de bio combustiveis foi olulala e não ela ela não quer nem saber....disso... sem opinião
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Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Muito alarido, pelo diretor da FAO. ele está fazendo o seu papel. Agora... previsão para 2050 (daqui 40 anos). Será que esse diretor ou os especialistas se lembram do que seria necessário fazer, em 1968 em relação à fome no mundo? Em 40 anos, quais países ainda serão emergentes? É realmente problema de vontade política e de se ensinar e dar condições de "pescar" e não de dar o peixe já frito a esse segmento faminto da sociedade. Soluções estão à mostra a todo momento e para todo mundo. Uma delas é a transferência de tecnologia. Com tanta boa vontade que notamos em nossos líderes mundiais, não seria difícil um consórcio onde se ensinaria e proveria de boa infra-estrutura, de forma eficiente e eficaz, o cultivo, a produção, consumo de alimentos, erradicando a fome no mundo. Medidas nesses moldes não são para 2040, 2050 e sim pra já. A FAO deveria atuar em idéias semelhantes, em reunir nações realmente empenhadas em ajudar o povo faminto desse planeta e não em fazer considerações do que esse ou aquele País deve fazer. sem opinião
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O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
"Países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050..."
Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
28 opiniões
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