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Fatores globais e locais devem aumentar preços de cereais na China
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da Xinhua, em Pequim
Os preços dos cereais poderão continuar subindo neste ano, apesar de um quase equilíbrio entre demanda e oferta na China, disse nesta sexta-feira a subdiretora da Administração de Cereais do Estado, Zeng Liying, em um seminário realizado em Pequim (capital do país).
"As pressões para a alta dos preços de cereais persistirão na China neste ano, como resultado dos crescentes custos agrícolas, altos preços no mercado internacional e receios sobre mais altas no valor das compras mínimas", explicou a dirigente chinesa.
O país dobrou os preços de compra mínimos do arroz e trigo este ano, para incentivar a produção de grãos e deter a inflação, que atingiu 8,7% em fevereiro, uma alta recorde nos últimos 11 anos.
Uma grande safra de verão pelo quinto ano consecutivo aumentou a confiança do governo para garantir o suprimento e aliviar a inflação. Globalmente, a falta de cereais também está sendo resolvida, pois um bom clima ajudou a incrementar a produção de alimentos nas principais áreas produtoras do mundo.
No entanto, de acordo com Zeng, a demanda pelos cereais continuará crescendo, já que o mundo tem de sustentar 76 milhões de pessoas a mais do que há cinco anos. O rápido desenvolvimento da bioenergia, estimulado pela alta dos preços do petróleo e que, geralmente, consome grãos, também estimula uma demanda ainda maior por esses produtos.
A subdiretora disse ainda que o suprimento de trigo, milho e arroz é suficiente na China, e que o que falta é soja. Assim, mesmo sem falta de trigo, milho e arroz, as exportações de soja ainda expõem o país aos riscos de inflação no mercado internacional.
"A longo prazo, o mercado de cereais do país será, cada vez mais, influenciado pelo mercado global", acrescentou.
A China tem de 150 milhões a 200 milhões de toneladas de reservas de cereais, de acordo com o Ministério da Agricultura do país. Mas o ministro chinês havia admitido que manter a auto-suficiência de cereais se tornará ainda mais difícil, já que as pessoas têm necessidades de mais diversos e melhores produtos alimentícios.
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Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
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