Publicidade
Publicidade
27/07/2003
-
00h10
da Folha Online
Até Wall Street está de olho na redução do consumo brasileiro dos produtos de higiene, cosméticos e perfumaria. Nos últimos dias, gigantes do setor, como Avon e Kimberley, divulgaram seus balanços financeiros do primeiro semestre e alertaram os investidores para o fraco desempenho de suas vendas na América Latina, em especial no Brasil.
Na Europa, o grupo alemão Beiersdorf, dona da marca Nivea, famosa devido às latinhas azuis de cremes para o rosto, está preocupado com a "tensa situação econômica dos países da América Latina", como definiu seu último balanço.
No primeiro semestre deste ano, a Avon vendeu uma quantidade de produtos 4% menor na América Latina, na comparação com o mesmo período de 2002. Foi a única região do mundo que ficou no vermelho nos primeiros seis meses deste ano.
"Houve uma declínio no Brasil", destacou a empresa, na última quarta-feira, em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Nova York. Nenhum outro país da região foi citado textualmente pela Avon.
No Brasil, a Avon prefere atribuir a queda no volume vendido a uma base de comparação estatística "inchada" no primeiro semestre do passado, época anterior à forte alta do dólar por conta da eleição.
Na mesma quarta-feira, saiu o resultado financeiro da Kimberly Clark, que indicou uma queda de 15% nas vendas na América Latina entre abril e junho, em relação ao mesmo trimestre de 2002.
No Brasil, a empresa tem um parceira com a Klabin no segmento de descartáveis, como papel higiênico das marcas Neve, Camélia e Nice, além de toalhas de papel. Desde o ano passado, a Klabin quer vender sua participação (50%) nessa fábrica, mas até agora a sócia não oficializou o interesse no negócio.
"O crescimento nesse segmento depende fundamentalmente do crescimento do PIB", comentou o analista Luiz Paulo Foggetti, em relatório da corretora Fator Doria Atherino.
Leia maisConsumo de higiene tem maior queda em 10 anos
Donas-de-casa reciclam sabonete e espremem pasta
Venda de desodorante surpreende e cresce
Crise dos cosméticos chega a Wall Street
Avon diz ser "ilha da prosperidade"
Brasil vai reduzir importação de tubo de pasta de dente
Especial
Enquete: que produto de higiene você reduziu o consumo?
Desemprego e violência levam 100 mil brasileiros a deixar o país ao ano
Sites relacionados
Visite o site da associação da indústria de higiene
Visite o site da associação de consumidores do Rio
Visite o site das donas-de-casa do RS
Visite o site das donas-de-casa de MG
Visite o site do instituto de estudo das relações de consumo
Crise da indústria da higiene no Brasil mancha balanços em Wall Street
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
Até Wall Street está de olho na redução do consumo brasileiro dos produtos de higiene, cosméticos e perfumaria. Nos últimos dias, gigantes do setor, como Avon e Kimberley, divulgaram seus balanços financeiros do primeiro semestre e alertaram os investidores para o fraco desempenho de suas vendas na América Latina, em especial no Brasil.
Na Europa, o grupo alemão Beiersdorf, dona da marca Nivea, famosa devido às latinhas azuis de cremes para o rosto, está preocupado com a "tensa situação econômica dos países da América Latina", como definiu seu último balanço.
No primeiro semestre deste ano, a Avon vendeu uma quantidade de produtos 4% menor na América Latina, na comparação com o mesmo período de 2002. Foi a única região do mundo que ficou no vermelho nos primeiros seis meses deste ano.
"Houve uma declínio no Brasil", destacou a empresa, na última quarta-feira, em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Nova York. Nenhum outro país da região foi citado textualmente pela Avon.
No Brasil, a Avon prefere atribuir a queda no volume vendido a uma base de comparação estatística "inchada" no primeiro semestre do passado, época anterior à forte alta do dólar por conta da eleição.
Na mesma quarta-feira, saiu o resultado financeiro da Kimberly Clark, que indicou uma queda de 15% nas vendas na América Latina entre abril e junho, em relação ao mesmo trimestre de 2002.
No Brasil, a empresa tem um parceira com a Klabin no segmento de descartáveis, como papel higiênico das marcas Neve, Camélia e Nice, além de toalhas de papel. Desde o ano passado, a Klabin quer vender sua participação (50%) nessa fábrica, mas até agora a sócia não oficializou o interesse no negócio.
"O crescimento nesse segmento depende fundamentalmente do crescimento do PIB", comentou o analista Luiz Paulo Foggetti, em relatório da corretora Fator Doria Atherino.
Leia mais
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice