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18/10/2001
-
11h09
especial para a Folha de S.Paulo
Recentemente em Srinagar, capital do Estado de Jammu-Caxemira, dezenas de pessoas morreram no pior atentado dos últimos anos na Caxemira indiana. O grupo islâmico Jaish-e-Mohammad (Exército de Muhammad), que luta pela independência do Estado indiano e por sua posterior integração ao Paquistão, assumiu a autoria do ataque.
O fato ocorreu num momento difícil para os dois Estados, que manifestaram apoio à coalizão antiterror liderada pelos EUA.
Desde que alcançaram a independência do domínio britânico em 1947, Índia e Paquistão se enfrentaram em duas guerras pela disputa da Caxemira. O primeiro confronto ocorreu em 1948 e foi encerrado no ano seguinte com a intermediação das Nações Unidas, que dividiu a Caxemira em duas partes: um terço para o Paquistão (Azad Caxemira) e dois terços para a Índia (Jammu-Caxemira, único Estado indiano de maioria islâmica).
Em 1965, hostilidades religiosas motivaram outro conflito entre hindus e muçulmanos paquistaneses pela disputa da região. Mediada pelos soviéticos, foi negociada uma trégua, e os dois Estados concordaram em retornar aos limites territoriais anteriores ao conflito. O governo de Islamabad intensificou sua luta pela Caxemira desde que foi forçado pela Índia a aceitar a independência do Paquistão Oriental (atual Bangladesh) no início dos anos 70.
Uma nova onda de violência tomou conta da região no final dos anos 80. Separatistas islâmicos passaram a fazer atentados na Caxemira indiana. A Índia acusa o Paquistão de comandar e financiar a rebelião e insiste em que não devolverá sua parte da Caxemira. Outro capítulo do conflito entre indianos e paquistaneses ocorreu em 98 quando os dois Estados realizaram testes nucleares. Agora são integrantes do reduzido grupo das potências nucleares e se negam a aderir ao TNP (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares).
Entre acusações recíprocas e atentados terroristas, indianos e paquistaneses se alinharam à coalizão antiterror. Em troca, as autoridades de Islamabad esperam que, além da suspensão das sanções comerciais, Washington participe mais ativamente em busca de uma solução definitiva para a Caxemira. Do contrário, o futuro político do general Pervez Musharraf e o controle dos grupos fundamentalistas será difícil. Tudo indica que a presença dos EUA na região vai além da captura de Bin Laden e da destruição do Taleban.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 18.out.2001
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Física
Matemática
Resumão/atualidades - A luta pela Caxemira
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
Recentemente em Srinagar, capital do Estado de Jammu-Caxemira, dezenas de pessoas morreram no pior atentado dos últimos anos na Caxemira indiana. O grupo islâmico Jaish-e-Mohammad (Exército de Muhammad), que luta pela independência do Estado indiano e por sua posterior integração ao Paquistão, assumiu a autoria do ataque.
O fato ocorreu num momento difícil para os dois Estados, que manifestaram apoio à coalizão antiterror liderada pelos EUA.
Desde que alcançaram a independência do domínio britânico em 1947, Índia e Paquistão se enfrentaram em duas guerras pela disputa da Caxemira. O primeiro confronto ocorreu em 1948 e foi encerrado no ano seguinte com a intermediação das Nações Unidas, que dividiu a Caxemira em duas partes: um terço para o Paquistão (Azad Caxemira) e dois terços para a Índia (Jammu-Caxemira, único Estado indiano de maioria islâmica).
Em 1965, hostilidades religiosas motivaram outro conflito entre hindus e muçulmanos paquistaneses pela disputa da região. Mediada pelos soviéticos, foi negociada uma trégua, e os dois Estados concordaram em retornar aos limites territoriais anteriores ao conflito. O governo de Islamabad intensificou sua luta pela Caxemira desde que foi forçado pela Índia a aceitar a independência do Paquistão Oriental (atual Bangladesh) no início dos anos 70.
Uma nova onda de violência tomou conta da região no final dos anos 80. Separatistas islâmicos passaram a fazer atentados na Caxemira indiana. A Índia acusa o Paquistão de comandar e financiar a rebelião e insiste em que não devolverá sua parte da Caxemira. Outro capítulo do conflito entre indianos e paquistaneses ocorreu em 98 quando os dois Estados realizaram testes nucleares. Agora são integrantes do reduzido grupo das potências nucleares e se negam a aderir ao TNP (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares).
Entre acusações recíprocas e atentados terroristas, indianos e paquistaneses se alinharam à coalizão antiterror. Em troca, as autoridades de Islamabad esperam que, além da suspensão das sanções comerciais, Washington participe mais ativamente em busca de uma solução definitiva para a Caxemira. Do contrário, o futuro político do general Pervez Musharraf e o controle dos grupos fundamentalistas será difícil. Tudo indica que a presença dos EUA na região vai além da captura de Bin Laden e da destruição do Taleban.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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