Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/11/2001 - 11h45

Resumão/Português - Objeto direto preposicionado

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
especial para a Folha de S.Paulo

Cumpriu com o dever", "Sacou da arma". O uso da preposição não é obrigatório nessas frases, pois esses verbos são transitivos diretos. O que o justifica é o desejo de enfatizar a ação verbal.

Embora na maioria das vezes o uso da preposição antes do objeto direto seja uma opção de estilo, há pelo menos uma situação em que não há como evitá-lo. Tomemos o verbo "castigar", um transitivo direto. Podemos dizer: "Ela castigou o menino" ou "Ela castigou-o", substituindo o substantivo pelo pronome oblíquo átono. Mas, se usássemos o pronome oblíquo tônico, a preposição seria obrigatoriamente empregada. Assim: "Castigou a ele". Os pronomes tônicos são sempre preposicionados.

O risco de ambigüidade também pode levar ao emprego da preposição. Em "Muito admirava o pai ao filho", a preposição foi usada apenas para assegurar a clareza da expressão. Na ordem direta, em que o sujeito antecede o verbo, a frase seria construída sem a preposição. Assim: "O pai admirava muito o filho". Uma simples alteração na ordem usual poderia fazer o objeto direto confundir-se com o sujeito.

Não é difícil perceber que a inversão sintática às vezes pode fazer que a construção ganhe expressividade, motivo pelo qual é um recurso de estilo largamente utilizado. Quando o objeto é o primeiro termo da oração, costuma-se preposicioná-lo -até para evitar que seja lido, num primeiro momento, como sujeito. Assim: "Ao mestre ninguém iludirá" (mas "Ninguém iludirá o mestre"). Nesse caso, a frase ganha em clareza.

Se o objeto direto contiver dois núcleos e um deles for um pronome tônico (preposicionado), o outro núcleo deverá receber também a preposição, a fim de estabelecer o paralelismo gramatical da estrutura e, conseqüentemente, garantir a clareza da expressão. Assim: "Enganou a mim e aos demais eleitores".

Em uma frase como: "Nem provou da comida", a preposição "de" apresenta valor partitivo, isto é, indica que a pessoa não experimentou sequer uma parte da comida. O uso da preposição nesse caso não é obrigatório, mas atende a uma necessidade expressiva e, portanto, estilística.
_______________________________________
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha e apresentadora das aulas de gramática do programa "Vestibulando", da TV Cultura

Fovest - 08.nov.2001

  • Próximo da 1ª da Fuvest, o conselho é manter ritmo de estudos

  • Revise apenas as matérias da 1ª prova, aconselham professores

  • Boa pontuação na 1ª fase da Fuvest pode ser decisivo

  • Confira algumas dicas para a última semana antes da Fuvest


  • RESUMÃO
  • Geografia

  • Química

  • Atualidades

  • Matemática

  • História


  • PROFISSÕES
  • Hospitais oferecem serviços de hotéis

  • Vida de profissional de turismo não é só viajar


  • PROGRAMA
  • Programa: FGV-SP realiza 2ª fase no próximo domingo

  • Programa: "Leitura obrigatória" está em cartaz em SP

  • Programa: Metodista promove jornada de literatura
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página