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CENTRO
Falta
de limpeza é o segundo item que mais incomoda entrevistados; problema
se concentra onde há excesso de camelôs e de moradores de rua
Sujeira
aflige eleitores da região central
Luiz
Caversan/Folha Imagem
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Camelô
vende sofá em avenida da área central, onde o excesso
de ambulantes atrapalha pedestres e provoca sujeira |
LUIZ
CAVERSAN
DA
REPORTAGEM LOCAL
Excesso de
camelôs mais proliferação de moradores de rua mais fachadas pichadas e
deterioradas é igual a sujeira.
Essa é a situação da região central da cidade, cujos moradores apontam
justamente a sujeira como o problema que mais os aflige, depois da violência,
que é o “campeão” da pesquisa realizada pelo Datafolha.
Para efeito da pesquisa, o centro foi dividido em duas regiões: Centro/Santa
Cecília (compreendida pelos bairros da Barra Funda, Santa Cecília,
República, Bela Vista e Liberdade) e Centro/Sé
(Bom Retiro, Pari, Sé, Brás e Cambuci). Em ambas as áreas, a falta de
limpeza pública é um grande incômodo: para 13% dos entrevistados na primeira
região e para 11%, na segunda.
A reportagem da Folha percorreu ruas de todos esses bairros
no último sábado (num total de 32 quilômetros) e constatou que a sujeira
se concentra basicamente nas regiões em que se instalam os camelôs (como
largo da Concórdia, ladeira General Carneiro, avenida Celso Garcia, parque
D. Pedro 2º, largo Santa Cecília e terminais de transportes coletivos,
por exemplo).
Além disso, os detritos cercam os incontáveis moradores de rua que habitam
a região e que, principalmente nesta época do ano, juntam toda espécie
de objetos (cobertores velhos, papelão, madeira, panos, latas e móveis)
para se proteger do frio.
Essas pessoas são encontráveis principalmente debaixo de viadutos (como
o Minhocão), nos jardins públicos (parque D. Pedro, por exemplo) ou em
canteiros de avenidas e ruas, como o da Nestor Pestana.
Já as pichações, essas são detectadas em praticamente todas as ruas centrais
da cidade, sobretudo nas fachadas de edificações abandonadas e/ou deterioradas,
como as próximas às regiões do Bom Retiro, Barra Funda e Brás.
Pelo menos no último sábado, a região do entorno do Mercado Municipal,
tradicionalmente uma área de grande concentração de lixo, encontrava-se
limpa e com as ruas que circundam o mercado lavadas.
O terceiro principal problema apontado pelos moradores da região central
da cidade refere-se a enchentes/canalização de esgoto, no caso do Centro/Sé,
e a falta de escolas e creches, transporte coletivo e enchentes, no do
Centro/ Santa Cecília.
Criminalidade
A região Centro/Sé concentra o maior número de moradores que
afirmam que a polícia passa pela sua rua pelo menos uma vez ao dia. São
79%, quase o dobro dos 40% da média da cidade.
Mesmo assim, 68% dos moradores da região evitam ruas, locais e pessoas
na vizinhança depois de escurecer, 27% afirmam que já foram assaltados
nos últimos 12 meses e 15% dizem conhecer alguém que foi assassinado também
no último ano.
No Centro/Santa Cecília, a situação não é muito diferente: 67% declaram
que a polícia passa diariamente em suas ruas, mas 64% evitam determinados
locais ou pessoas na vizinhança à noite, 14% dizem conhecer alguém que
foi morto no último ano e 29% garantem terem sido assaltados no mesmo
período.
A questão da criminalidade nesse centro ampliado da cidade também pode
ser aferida por outro indicador, que é o ranking montado pela Secretaria
da Segurança Pública.
O ranking é liderado, na relação roubos por 100 mil habitantes, pelo 1º
DP (Sé). Em segundo lugar vem o 3º DP (Santa Cecília), que fica na rua
Aurora, na chamada boca-do-lixo da cidade.
Ainda de acordo com esse ranking, o bairro mais violento da região é também
a Sé, com 108 assassinatos por 100 mil habitantes, e o menos violento,
Santa Cecília, com 14 assassinatos por 100 mil moradores.
Quanto aos problemas que menos preocupam os habitantes da zona central,
aparecem, pela ordem, calçamento, iluminação, escolas, moradia e saneamento.
No Centro/Sé, 9% afirmam que seu bairro não apresenta nenhum problema.
No Centro/Santa Cecília, esse índice sobe para 14%.
Prefeitura
Com relação à performance da prefeitura, na primeira região 61%
afirmam que a administração municipal não tem bom desempenho em nenhuma
área, enquanto na segunda região esse número salta para 71%.
Com relação às prioridades que devem ser adotadas pela próxima administração,
são apontadas: segurança, combate ao desemprego, atendimento à saúde,
educação e limpeza pública.
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