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VILA MARIANA
Limpeza
pública é o segundo maior problema apontado por moradores da região; o
primeiro é a violência
Área tem maior percentual
de satisfeitos com bairro
Luiz
Caversan/Folha Imagem
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Caçambas
com lixo e entulho ocupam trecho da rua Oscar Freire rezervado à
zona azul; moradores dos jardins reclamam da sugeira
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A
REPORTAGEM LOCAL
A
Assim como na região central da cidade, os moradores da área delimitada
pelos bairros da Consolação, Jardim Paulista, Itaim Bibi, Campo Belo,
Saúde, Moema e Vila Mariana afirmam que a limpeza pública é seu segundo
maior problema. A violência, tanto quanto em todas as demais áreas, é
o primeiro da pesquisa Datafolha, com 38% das respostas.
As caçambas de coleta particular de entulho e lixo são o aspecto mais
evidente da questão da limpeza, numa região nobre da cidade que apresenta
paradoxos.
Ali foi encontrado, por exemplo, o maior número de moradores que afirmam
que seu bairro não tem problemas (21%), embora os que apontem a violência
como o principal mal tenham subido de 28% em 96 para 38% na pesquisa deste
ano.
Da mesma forma, 10% afirmam que a limpeza/coleta de lixo/sujeira é o segundo
principal problema, enquanto 6% dizem que é nesse mesmo quesito que a
prefeitura tem seu melhor desempenho (o índice mais satisfatório de todos
os problemas pesquisados, excluindo-se os 55% que dizem que a prefeitura
não vai bem em nenhuma área).
Na manhã do último sábado, a reportagem da Folha percorreu cerca
de 40 km dessa região e constatou que a evidência mais marcante da presença
de lixo são as centenas de caçambas de recolhimento de entulho, também
usadas pelos moradores e transeuntes como depósito de lixo.
Somente em um trecho de pouco mais de três quilômetros do Jardim Paulista
(nas ruas da Consolação, Oscar Freire, Ministro Rocha Azevedo, Melo Alves
e alameda Franca) foram encontradas nada menos que 67 caçambas.
Esses receptáculos de ferro _medindo cerca de três metros de comprimento,
dois de largura e um e meio de altura_ são colocados junto à calçada,
mesmo em locais de estacionamento proibido ou de zona azul, e em muitos
casos transbordam. Espalhadas pelos demais bairros da região, a reportagem
da Folha contou mais uma centena de caçambas.
Quanto ao lixo abandonado na calçada e à falta de varrição, foram constatados
apenas alguns pontos mais críticos, como a esquina da avenida Hélio Pelegrino
com rua Ribeirão Claro, no Itaim, ou na rua Gumercindo Saraiva, próximo
à Faria Lima, nos Jardins.
Como dado positivo da região, a pesquisa aponta o trânsito, que em 96
estava em segundo lugar entre os problemas (13% das respostas). No atual
levantamento, esse quesito cai para a quinta posição, com 3%.
Apesar de mais da metade dos entrevistados (55%) ter afirmado que a polícia
passa por sua rua pelo menos uma vez ao dia (contra 40% da média na cidade),
o medo é um componente do cotidiano dos habitantes da região.
De todos os entrevistados, 71% afirmam que evitam determinadas ruas, locais
ou pessoas na vizinhança depois que escurece, 28% dizem que foram assaltados
nos últimos 12 meses e 15% garantem que conhecem alguém que foi assassinado
também no último ano.
Outro dado negativo relativo à violência na região: o 27º Distrito Policial,
em Campo Belo, é o 3º no ranking de número de roubos na cidade elaborado
pela Secretaria de Segurança Pública. Dos bairros da região, Campo Belo
também é o mais violento (27 mortes por 100 mil habitantes em 99) e Moema,
o menos violento (4 mortes por 100 mil habitantes). (LUIZ CAVERSAN)
Leia mais:
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