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31/12/2004
-
09h10
EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Na prova feminina, união para enfrentar a adversária que corre só. Entre os homens, cada um por si contra o exército de forasteiros.
É assim, com táticas opostas, que os corredores brasileiros vão às ruas neste domingo escrever mais um capítulo na história da rivalidade com o Quênia na 80ª São Silvestre.
As mulheres decidiram copiar uma velha artimanha das africanas: pretendem correr juntas, ditando o ritmo da prova. "Nós conversamos um pouco e achamos que podemos surpreender com um bom trabalho de equipe. As quenianas sempre fazem isso. É hora de reagir", conta Adriana Aparecida da Silva, sexta colocada na São Silvestre em 2003.
Ela conta com o respaldo de atletas apontadas como favoritas, como Maria Zeferina Baldaia, campeã da prova em 2001.
O curioso é que a trama vem à tona justamente no ano em que a principal adversária estará sozinha nas ruas. Lydia Cheromey, que triunfou na corrida em 1999 e 2000, informou que não vai balizar sua performance em outras corredoras de seu país.
"Vou correr sem estratégia de equipe, pois não tenho ninguém para me acompanhar. Minha tática será seguir sempre o primeiro pelotão", explica a queniana.
O prognóstico da prova masculina segue em direção oposta. Robert Cheruiyot, John Gwako, Lawrence Kiprotich e Mathew Cheboi unificam um discurso de companheirismo durante o evento. "Queremos que um atleta do Quênia vença para desempatar a disputa", explica Gwako.
Cada país emplacou oito vezes o vencedor da São Silvestre masculina. Também existe igualdade no torneio entre as mulheres: quatro triunfos para cada lado.
Desfalcados de Marílson dos Santos, atual campeão, os brasileiros batizaram o sistema em que correrão como "cada um por si".
"Vou correr sozinho porque treino sozinho. Não conheço os outros atletas para saber se é possível montar uma tática de grupo. Não quero nada que possa me prejudicar", diz Rômulo Wagner da Silva, segundo colocado na última edição.
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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Na prova feminina, união para enfrentar a adversária que corre só. Entre os homens, cada um por si contra o exército de forasteiros.
É assim, com táticas opostas, que os corredores brasileiros vão às ruas neste domingo escrever mais um capítulo na história da rivalidade com o Quênia na 80ª São Silvestre.
As mulheres decidiram copiar uma velha artimanha das africanas: pretendem correr juntas, ditando o ritmo da prova. "Nós conversamos um pouco e achamos que podemos surpreender com um bom trabalho de equipe. As quenianas sempre fazem isso. É hora de reagir", conta Adriana Aparecida da Silva, sexta colocada na São Silvestre em 2003.
Ela conta com o respaldo de atletas apontadas como favoritas, como Maria Zeferina Baldaia, campeã da prova em 2001.
O curioso é que a trama vem à tona justamente no ano em que a principal adversária estará sozinha nas ruas. Lydia Cheromey, que triunfou na corrida em 1999 e 2000, informou que não vai balizar sua performance em outras corredoras de seu país.
"Vou correr sem estratégia de equipe, pois não tenho ninguém para me acompanhar. Minha tática será seguir sempre o primeiro pelotão", explica a queniana.
O prognóstico da prova masculina segue em direção oposta. Robert Cheruiyot, John Gwako, Lawrence Kiprotich e Mathew Cheboi unificam um discurso de companheirismo durante o evento. "Queremos que um atleta do Quênia vença para desempatar a disputa", explica Gwako.
Cada país emplacou oito vezes o vencedor da São Silvestre masculina. Também existe igualdade no torneio entre as mulheres: quatro triunfos para cada lado.
Desfalcados de Marílson dos Santos, atual campeão, os brasileiros batizaram o sistema em que correrão como "cada um por si".
"Vou correr sozinho porque treino sozinho. Não conheço os outros atletas para saber se é possível montar uma tática de grupo. Não quero nada que possa me prejudicar", diz Rômulo Wagner da Silva, segundo colocado na última edição.
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