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31/12/2004 - 10h15

Sem "extras", São Silvestre chega à 80ª edição

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EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO

da Folha de S.Paulo

A tradicional Corrida de São Silvestre atinge nesta sexta-feira sua 80ª edição, mas não contará com os "extras" que a organização da prova pretendia materializar para comemorar a data. A largada da prova feminina será na avenida Paulista, às 15h15, e a masculina, às 17h.

Planejava-se desde uma grande festa ao fim da competição até o lançamento de um livro resgatando a história da corrida, passando pela implantação de totens indicativos dos quilômetros do percurso e até uma grife própria.

Segundo Júlio Deodoro, da Fundação Cásper Líbero e organizador da corrida, uma série de fatores impediu que itens comemorativos se tornassem realidade. "Em vez de tentar levar a cabo esses eventos paralelos de todo jeito, preferimos organizar uma São Silvestre como a dos outros anos, sem novidades, mas sem comprometer a segurança", explicou.

A única iniciativa de comemoração que saiu do papel foi uma feira de esporte no ginásio do Ibirapuera. Era o mesmo local onde os inscritos na corrida retiravam seus kits. Assim, os expositores puderam apresentar seus produtos a mais de 15 mil consumidores em potencial. Nesta edição inicial da feira, porém, menos de dez empresas montaram estandes.

A principal atração comemorativa dos 80 anos seria uma festa após a corrida, que emendaria no tradicional Réveillon na Paulista.
Porém quando a Prefeitura de São Paulo anunciou no fim do mês passado que não faria mais o Réveillon, a organização da prova desistiu de apresentar uma proposta de viabilizar a celebração.

Quando o governador Geraldo Alckmin garantiu o patrocínio à festa de Réveillon (o anúncio foi feito em meados de dezembro), os responsáveis pela corrida já acreditavam que não haveria tempo hábil para organizar uma festividade pelos seus 80 anos.

Também chegou-se a cogitar a possibilidade de editar um livro sobre a história da corrida intitulado "São Silvestre - 80 anos".

A obra começou a ser escrita por Deodoro, mas depois ele avaliou que haveria muitas falhas e resolveu adiar o lançamento.

"Muitos jornalistas, treinadores e atletas perguntavam para mim porque não aproveitar o aniversário de 80 anos da São Silvestre para lançá-lo. Mas à medida que fui escrevendo, achei que poderia ficar melhor e não quis queimar o cartucho antes da hora", afirma.

Deodoro aponta que até mesmo a data da edição inicial da corrida está sob dúvida. "Tenho razões para crer que começou em 1924, mas nosso próprio site [da Fundação Cásper Líbero] dá como sendo em 1925", explica.

O lançamento de uma grife de artigos esportivos --tênis, mochilas, toalhas-- que levariam a marca da São Silvestre integrava os planos da organização da corrida, porém não se concretizou por divergências de filosofia.

Representantes da Fundação Cásper Líbero chegaram a receber proposta, mas não gostaram dela. Os executivos da fundação queriam ceder a marca em troca do pagamento de royalties, contudo uma fábrica de tênis sugeriu uma participação e um investimento maior da parte da Cásper Líbero.

Outra forma de marcar os 80 anos da corrida do último dia do ano seria a implantação de totens indicativos dos quilômetros pelo percurso. Segundo Deodoro, a introdução das representações implicaria na negociação com a prefeitura de isenção de taxas --o que levaria tempo. O projeto, então, acabou adiado.

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