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Veja repercussão da eleição dos EUA na imprensa internacional
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Colaboração para a Folha Online
Os principais jornais norte-americanos desta segunda-feira (24) deram destaque aos bastidores da corrida pela nomeação democrata e da campanha do provável candidato republicano John McCain.
O "Washington Post" retrata as estratégias usadas pelos pré-candidatos democratas, Hillary Clinton e Barack Obama, em seus discursos para ressaltar atos dos quais eles nem sempre participaram diretamente.
O "The Wall Street Journal" explica a estratégia de Hillary para conseguir o apoio de superdelegados: ressaltar a sua vitória nas primárias de grandes Estados e as vitórias de Obama em estado predominantemente republicanos que, segundo a senadora, não apoiariam os democratas nas eleições gerais de novembro.
Sobre McCain, o USA Today evidencia a sua ligação com lobistas das telecomunicações, e o The New York Times o acusa de tentativas passadas de aproximação com o Partido Democrata, o que mancharia a imagem de "republicano conservador" que o senador tenta construir.
Veja a seguir a repercussão da corrida dos pré-candidatos à Presidência norte-americana nos jornais do país.
Washington Post
Obama e Hillary enfeitam seus papéis
Reprodução |
Washington Post |
Depois de semanas de negociação, em 6 de abril de 2006, um grupo bipartidário de senadores saiu da sala do presidente, no Senado, com um acordo sobre uma nova política de imigração.
Meia dúzia de senadores --incluindo o republicano John McCain (Arizona) e o democrata Edward M. Kennedy (Massachussets)-- planejavam anunciar seu plano, quando encontraram o senador democrata Barack Obama (Illinois), que fez uma pergunta muito comum quando há coletivas de imprensa no Capitólio: "Eu posso ir junto?"
E, quando Obama estava a frente dos microfones, foi generoso com sua lista de senadores para parabenizar. A lista incluía ele mesmo.
"Eu quero citar Lindsey Graham, Sam Brownback, Mel Martinez, Ken Salazar, eu mesmo, Dick Durbin, Joe Lieberman... quem realmente teve que acordar cedo para bater o martelo nessa questão" ele afirmou.
Para os membros do senado, que chegavam em torno de 7h durante semanas para as sessões de negociação, o momento foi irritante. Aquelas sessões matinais atraíam somente três ou quatro senadores, conforme recordou o senador republicano Arlen Specter (Pensilvânia), e todos profundamente envolvidos na questão. Obama não foi um deles.
Mas, em uma eleição presidencial que envolve três senadores, os registros do legislativo podem ser uma inevitabilidade, Specter disse com um sorriso.
The Wall Street Journal
Comitê de Hillary dá valor a vitórias em grandes Estados
Reprodução |
The Wall Street Journal |
Se um democrata vence as primárias em um Estado republicano, isso é realmente uma vitória? Essa é a questão que os assessores de Hillary vão colocar para os superdelegados nas próximas semanas.
Com nenhum dos pré-candidatos democratas próximos ao número de delegados necessários para assegurar a nomeação, o comitê de Hillary confia no argumento de que as vitórias em grandes Estados, como Califórnia e Ohio fazem a senadora uma forte candidata para derrotar o provável candidato republicano John McCain.
Assessores de Hillary ressaltam que Barack Obama venceu primárias e caucus com pequena população em estados com pequena população de democratas --como em Idaho e Wyoming.
um memorando do comitê de Hillary publicado no início deste mês afirma que o senador Obama venceu em 10 dos 11 Estados de maioria republicana que realizaram as primárias e caucus neste ano. Wyoming, por exemplo, não vota por um candidato democrata nas eleições gerais desde 1964.
O gerente de campanha de Obama, David Plouffe, rejeitou a tentativa do comitê de Hillary de dar maior importância para certos Estados e afirmou que Obama também venceu no Missouri e em Illinois, dois grandes Estados de eleitores heterogêneos.
The New York Times
Dois momentos de McCain raramente mencionados
Reprodução |
The New York Times |
O senador McCain sempre se autodenomina um republicano conservador quando faz campanhas como o provável candidato à Presidência dos Estados Unidos. ele freqüentemente reitera que foi um "soldado" na revolução de Reagan, e que acredita nos duros princípios conservadores de pequeno governo e taxas baixas.
O que McCain nunca menciona são dois momentos extraordinários em seu passado político que são contradições para o candidato do presente: sua discussão em 2001 com os democratas, sobre a possibilidade de deixar o partido republicano, e as suas conversas em 2004 com o pré-candidato John Kerry, sobre se tornar o vice-presidente na chapa democrata para as eleições gerais.
Há versões diferentes sobre os episódios, dependendo se são os democratas ou os assessores de McCain que contam a história. Os democratas, incluindo John Kerry, dizem que McCain não só demonstrou interesse mas estava em seus planos se unir aos democratas. Os assessores e partidários de McCain dizem que nos dois casos os democratas eram os pretendentes, e o senador republicano era apenas a noiva.
De qualquer maneira, os episódios ressaltam um amargo período de McCain depois das eleições presidenciais de 2000, quando ele foi, pelo menos em termos políticos, afastado de seu próprio partido.
USA Today
Lobistas da telecomunicação são ligados à McCain
Reprodução |
USA Today |
O provável candidato presidencial republicano John McCain costuma condenar a influência de "interesses especiais de lobistas", enquanto dúzias de lobistas têm ligações política e financeira com a sua campanha, principalmente as empresas de telecomunicações, uma indústria que ele pretende supervisionar no Senado.
Dos 66 atuais ou ex-lobistas que trabalham na arrecadação de fundos para o senador do Arizona, 23 faziam lobby para companhias de telecomunicação na década passada, de acordo com
McCain arrecadou cerca de US$ 765.000 [R$ 1,32 milhão] em doações políticas desses lobistas, suas mulheres, colegas de firma e clientes na década passada, segundo os arquivos do USA Today.
A quantia de dinheiro que os lobistas doaram a McCain não está clara. 18 deles estão listados pelo comitê como um dos principais arrecadadores de fundos para a campanha. McCain não divulga quanto cada um deles arrecadou, ao contrário dos pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Barack Obama, que classificam seus parceiros pela quantidade de dinheiro que eles arrecadam.
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Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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