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09/06/2008 - 08h04

Fora da corrida, Hillary tem que levar seus fiéis eleitores para Obama

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Colaboração para a Folha Online

A ex-pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton encerrou sua campanha pela nomeação neste sábado e iniciou sua nova fase na disputa democrata com uma importante tarefa à frente, levar seus fiéis eleitores para a base do provável candidato democrata Barack Obama.

Uma pesquisa divulgada pela rede de televisão norte-americana CNN mostrou que 60% dos eleitores de Hillary votariam em Obama nas eleições gerais, mas 22% disseram que não votariam nas eleições gerais e outros 17% disseram votar no candidato republicano John McCain --um número ainda mais preocupante para o Partido Democrata.

A pesquisa tem margem de erro de 7,5 pontos percentuais para mais ou para menos e foi realizada após as primárias de terça-feira (3), que consolidaram a vitória de Obama.

Conscientes de que um deles perderia a disputa no final, o Partido Democrata --e Hillary e Obama-- sempre ressaltaram que no final os democratas se uniriam em torno de seu nomeado.

Joshua Roberts/Reuters
Hillary Clinton em Washington, onde declarou apoio ao senador Barack Obama
Hillary Clinton em Washington, onde declarou apoio ao provável candidato Barack Obama

E com o final oficial da campanha de Hillary, o discurso da ex-primeira-dama deixa os tempos de ataques mútuos e acusações para trás e traz o tom da nova fase da disputa presidencial. Diante de milhares de apoiadores e eleitores fiéis, ela pediu para que todos que estiveram ao seu lado nestes longos meses de primárias se voltassem agora para a campanha de Obama pela Casa Branca.

"Peguem a nossa energia, a nossa paixão e a nossa força e façam tudo que puderem para ajudar a eleger Barack Obama. Eu peço para que vocês se unam a mim para trabalhar tão duro para Barack Obama quanto trabalharam para mim", disse a ex-primeira-dama.

Mas o discurso de Hillary não foi tão bem recebido pelo público quanto os líderes democratas esperavam. Muitos vaiaram e exibiram os dedões das mãos para baixo, em sinal de reprovação pela nomeação de Obama, mesmo diante da liderança de meses do senador por Illinois.

A reação é mais um sinal preocupante da divisão já sabida do Partido Democrata. As primárias deste ano foram uma das mais divididas e divisivas da história norte-americana exibindo um eleitorado demograficamente dividido por idade, raça, gênero e escolaridade. Hillary ganhou as mulheres, os operários brancos e os idosos. Obama levou às urnas os jovens, os negros e os eleitores com maior nível de escolaridade.

Chapa conjunta

26.fev.2008 - Rick Bowmer/AP
Hillary e Obama participam de debate em Cleveland; chapa conjunta pode unir o partido
Hillary e Obama participam de debate em Cleveland; chapa conjunta pode unir o partido

E diante do enorme desafio de trazer os eleitores de Hillary para Obama, muitos líderes democratas apontam que a solução estaria em simplesmente unir os dois candidatos na chapa democrata. A "chapa dos sonhos" traria Obama como presidente e Hillary como vice e levaria as urnas todos os eleitores democratas.

A idéia parece agradar aos eleitores. Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo instituto Gallup apontou que 52% dos entrevistados indicaram o nome de Hillary quando perguntados sobre quem gostariam de ver na chapa democrata com Obama.

Outros 34% dos eleitores democratas e independentes que tendem aos democratas disseram preferir outra pessoa e 14% se declararam indecisos ou sem opinião.

Na sondagem realizada nesta quarta-feira à noite, os entrevistados foram questionados sobre quem escolheriam na cédula das eleições gerais; a chapa Obama e Hillary ou o provável candidato republicano John McCain sem um vice especificado.

Os resultados apontaram uma pequena vantagem para a chapa conjunta democrata, com 50% das intenções de voto contra 45% da chapa republicana. Este resultado aponta que uma parceria entre os senadores democratas pode ter o efeito positivo esperado pelo Partido Democrata ao levar mais de seus eleitores às urnas.

"Eu olhei para todas as possibilidades. Ninguém traz à chapa o que Hillary traz", defendeu a senadora Dianne Feinstein, em entrevista ao programa "This Week", da ABC.

"Ela expressou para mim um profundo cuidado e preocupação com os 18 milhões de eleitores que colocaram seus votos e sua esperança em sua habilidade de criar novas oportunidades. Ela quer continuar com isso. Ela reconhece que [a corrida] acabou e eu penso que todo instinto em Hillary Clinton é para ajudar", disse Dianne.

17.mai.2008 - Elise Amendola/AP
Hillary faz campanha em Kentucky; os eleitores da senadora ajudariam a eleger Barack Obama
Hillary faz campanha em Kentucky; os eleitores da senadora ajudariam a eleger Barack Obama

Foi na casa de Dianne, segundo a própria senadora, que Obama e Hillary tiveram um encontro privado nesta quinta-feira. Dianne não divulgou detalhes do que foi discutido, mas a idéia de uma conversa privada aumentou ainda mais os rumores sobre um possível acordo entre Obama e Hillary para "compensar" sua derrota na corrida democrata.

A página de campanha de Obama já foi atualizada com uma mensagem de agradecimento a Hillary e um espaço onde os visitantes podem deixar mensagens para a ex-primeira-dama. Já o site da campanha de Hillary pede para que seus visitantes apóiem Obama "hoje".

Logo após o discurso de Hillary, Obama divulgou um comunicado elogiando a campanha de Hillary.

"Obviamente eu estou emocionado e honrado de ter o apoio da senadora Clinton. Mas mais que isso, eu honro-na hoje pela campanha valente e histórica. Ela rompeu barreiras em nome de minhas filhas e de mulheres em todos os lugares, que sabem agora que não há limites para seus sonhos. Ela inspirou milhões com sua força, coragem e compromisso com a causa dos trabalhadores americanos", disse.

Mas nem todos os democratas apóiam a "chapa dos sonhos". O ex-presidente Jimmy Carter disse que este "seria o pior erro que pode ser cometido".

"Isso iria apenas acumular os aspectos negativos de ambos os candidatos", disse Carter ao jornal inglês "The Guardian".

O fato é que a mudança do discurso dos democratas não deve passar despercebida pela campanha de McCain. Em seu apoio a Obama, Hillary deve enfrentar duro questionamento sobre os constantes comentários durante as primárias nos quais apontava Obama como inexperiente e dizia que ele não estava pronto para o cargo.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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