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21/07/2008 - 08h13

Depois do Afeganistão, Obama vai ao Iraque para discutir a guerra

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da Folha Online

Depois de passar dois dias no Afeganistão, o provável candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta segunda-feira ao Iraque, para olhar pela primeira vez as condições de segurança no país --onde a violência está em seu menor nível desde o começo de 2004.

A visita dele empurra a estratégia militar dos EUA e o número de tropas americanas servindo no Iraque para o centro da corrida eleitoral que disputa com o provável candidato republicano, John McCain. Há mais de 140 mil soldados americanos no Iraque.

Obama defendeu a retirada das tropas de combate norte-americanas do Iraque 16 meses após assumir a Presidência, caso vença as eleições presidenciais. Ele deve encontrar líderes iraquianos e comandantes americanos, informou a embaixada americana em Bagdá sem dar detalhes.

Durante o fim de semana, ele visitou o Afeganistão, outro grande desafio de política externa do próximo presidente dos EUA. Obama chamou a situação no Afeganistão de "precária e urgente" e disse que Washington deve começar a planejar a transferência de mais soldados do Iraque para lá.

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, no começo deste mês sugeriu estabelecer um calendário para a retirada de tropas americanas do Iraque, apesar de não dar detalhes. Obama recebeu bem a sugestão de Al Maliki, mas alguns iraquianos insistem em que o Exército e a polícia não podem ficar sozinhos e que uma retirada prematura das tropas dos EUA pode aumentar a violência no país.

Negativa

Ontem, o governo iraquiano negou que o primeiro-ministro tenha declarado seu apoio ao plano do candidato democrata de retirar as tropas americanas do Iraque em um prazo de 16 meses caso ganhe as eleições presidenciais de novembro.

"Foram mal entendidas e mal traduzidas as declarações que o primeiro-ministro Nuri al Maliki fez ontem, em entrevista à revista alemã 'Der Spiegel', sobre a visão de Obama a respeito da retirada das forças norte-americanas do Iraque", afirmou o porta-voz do Executivo iraquiano, Ali al Dabbagh.

"As afirmações do chefe de governo não foram transmitidas de maneira exata", afirmou o funcionário iraquiano.

Ele lembrou ainda que a idéia defendida por Al Maliki sobre a saída dessas tropas é baseada nas necessidades do Iraque no âmbito da manutenção da segurança.

Al Dabbagh disse que a evolução positiva da situação de segurança nas cidades do Iraque fez com que o assunto da retirada dessas forças figurasse nas perspectivas e calendários de ambas as partes. Por último, reiterou que as declarações de Al Maliki ou de qualquer membro do governo iraquiano não devem ser entendidas como apoio a nenhum dos dois candidatos à Presidência dos EUA.

A reação oficial iraquiana ocorreu um dia depois que a revista "Der Spiegel" anunciou que o primeiro-ministro iraquiano tinha dito, em entrevista, que o prazo de retirada das tropas dos EUA proposto por Obama era "correto, salvo modificações pontuais".

Críticas

Seu rival na disputa pela Casa Branca, o provável candidato republicano, John McCain, criticou Obama por anunciar suas estratégia para o Afeganistão e o Iraque antes mesmo de visita os países para conhecer de perto as situações.

"O senador Obama anunciou sua estratégia para o Afeganistão e iraque antes mesmo de reconhecer elementos sobre o terreno", disse ele neste sábado em um programa de rádio. "Aparentemente está muito confiante de que não encontrará nenhum elemento que o faça mudar de opinião ou modificar sua estratégia", disse.

"Isso se parece com o erro cometido pelo senador Obama quando afirmou com segurança que os esforços no Iraque não reduziram a violência lá e que poderiam, inclusive, aumentá-la", acrescentou McCain.

McCain esteve no Iraque por oito vezes enquanto a única viagem de Obama ao país foi em 2006.

A viagem de Obama, que deve incluir paradas na Jordânia, Israel, Alemanha, França e Reino Unido, tem como objetivo mostrar que ele pode lidar com o campo da diplomacia internacional e responder aos críticos que o consideram muito inexperiente para a tarefa.

Afeganistão

No Afeganistão, Obama encontrou com comandantes americanos, soldados e com o presidente do país, Hamid Karzai, em Cabul. Eles falaram sobre a guerra contra o terrorismo e o combate ao tráfico.

"Os dois falaram sobre a situação no Afeganistão e na região, sobre a campanha mundial contra o terrorismo e contra as drogas, e também sobre a expansão de laços entre a América e o Afeganistão", informou o palácio presidencial afegão em um comunicado.

Promessas

Na última terça-feira (15), Obama reiterou seu compromisso de acabar com o conflito no Iraque se vencer as eleições e insistiu em que após completar esse objetivo, se concentrará em lutar contra a rede terrorista Al Qaeda, de Osama Bin Laden, e a insurgência taleban no Afeganistão.

Segundo Obama, a concentração no Iraque favoreceu uma deterioração da situação no Afeganistão e tornou possível que a Al Qaeda se fortalecesse na fronteira com o Paquistão.

É no sul do Afeganistão, fronteiriço com o Paquistão, onde acontecem os combates mais violentos entre as forças internacionais afegãs e os talebans, que têm seus maiores redutos nas Províncias de Helmand e Candahar.

Do outro lado da fronteira, no noroeste do Paquistão, a inteligência americana suspeita que estejam escondidos os líderes da insurgência taleban e da Al Qaeda, entre eles Bin Laden.

O Governo paquistanês, formado após as eleições de fevereiro, apostou em dialogar com os grupos islâmicos que queiram depor as armas, medida que não foi bem recebida em Cabul e que levou Karzai a afirmar que o Exército afegão golpearia líderes talebans no Paquistão se fosse necessário.

Com Reuters e agências internacionais

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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