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Viúvo de Bhutto consegue votos para chegar à Presidência, mostram pesquisas
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da Efe, em Islamabad
O viúvo da ex-premiê Benazir Bhutto e líder do PPP (Partido Popular do Paquistão), Asif Ali Zardari, conseguiu neste sábado a maioria de votos necessária para chegar à Presidência do país, segundo os resultados preliminares oferecidos pela Comissão Eleitoral.
Faltando a apuração de votos na Assembléia de Punjab (leste), Zardari obteve 463 votos dos 637 contabilizados até agora, segundo os dados obtidos pelo canal privado Dawn. São necessários mais de 500 votos do total de 702 no Parlamento e em quatro assembléias provinciais.
O pleito ocorre somente 11 meses depois da reeleição de Musharraf, que pretendia seguir no poder cinco anos como civil. Em fevereiro último, uma eleição colocou o governo nas mãos do PPP, que negociou uma coalizão com a oposição e provocou uma distribuição do poder central e também nas províncias.
A votação parlamentar encerra uma era: de Pervez Musharraf, que renunciou em agosto para evitar um impeachment.
Encurralado politicamente sem o comando do Exército, Musharraf deixou o poder no último dia 18 de agosto. Na ocasião, Zardari saudou o "fim da ditadura" no Paquistão.
Mas a era pós-Musharraf prolonga conflitos que os líderes políticos do país não souberam resolver, envolvidos em constantes disputas enquanto o país sofre com uma nova onda de violência fundamentalista e uma crise econômica que, de acordo com a fonte, o deixou sem reservas, à beira da moratória.
PPP
O partido de Zardari se mostrou confiante de que o candidato, que também é líder do partido e viúvo da ex-premiê Benazir Bhutto, vencerá a eleição.
"Hoje será um grande dia. Zardari será eleito presidente por grande maioria, com mais de 500 votos [do total de 702] e isto vai trazer estabilidade ao país", disse em Islamabad o ministro da Defesa, Chaudhry Ahmed Mukhtar (PPP), ao chegar à Câmara Baixa.
O primeiro-ministro, Yousef Raza Guilani, agradeceu o apoio dos partidos minoritários que se respaldaram a candidatura de Zardari e assegurou que a votação de hoje ajuda a fortalecer o sistema democrático do Paquistão.
Também são candidatos o ex-chefe do Tribunal Supremo Saiduzuman Sidiqui, da opositora Liga Muçulmana-N, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif; e o senador Mushahid Hussain, que pertence à Liga-Q, legenda que apoiou o regime de Pervez Musharraf.
Zardari
Desde o assassinato da mulher, a ex-premiê Benazir Bhutto, em dezembro do ano passado, Asif Ali Zardari, 52, lidera o Partido Popular do Paquistão (PPP).
O PPP mantinha Zardari longe das atenções públicas antes da morte de Bhutto, devido ao envolvimento em vários escândalos políticos --ele já ficou oito anos preso por acusações de corrupção e tráfico de drogas.
Ele casou com Bhutto em 1987, por causa de um acordo entre as famílias. Tiveram um filho e duas filhas: Bilawal, Bajtawar e Asafa.
Durante o governo de Bhutto, Zardari ganhou o apelido de "Senhor 10%", por acusações de que aceitava propinas e desviava fundos públicos --Zardari sempre negou.
Bhutto morreu em 27 de dezembro de 2007 em conseqüência de um atentado suicida quando fazia campanha para as eleições legislativas em Rawalpindi.
Seu filho, Bilawal assumiu, aos 19 anos, a liderança do PPP, mas retornou para Londres para cursar direito na Universidade de Oxford, dando lugar ao pai.
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