Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/10/2008 - 22h37

Cuba diz que rejeição da ONU a embargo é sinal a próximo presidente dos EUA

Publicidade

JOAQUIM UTSET
da Efe, em Nova York

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque, disse que a rejeição quase unânime que a Assembléia Geral da ONU manifestou hoje ao embargo dos Estados Unidos à ilha "envia um claro sinal" ao próximo ocupante da Casa Branca.

"Acho que (este) é um dia importante e lança uma clara mensagem ao próximo governo dos Estados Unidos, no sentido de que a comunidade internacional espera que (os EUA) retifiquem esta política absurda e ilegal", declarou o chanceler cubano.

Em entrevista à agência Efe, Pérez Roque destacou que o apoio que 185 dos 192 países-membros das Nações Unidas deram à resolução cubana contra o embargo deverá ter repercussões na política de Washington para a ilha.

O texto apresentado por Cuba na Assembléia Geral teve os votos contra de EUA, Israel e Palau, além das abstenções das Ilhas Marshall e da Micronésia, ao passo que El Salvador e Iraque não participaram da votação.

O responsável pela diplomacia cubana disse que o governo cubano não pensa em impor condições prévias para se sentar à mesa e conversar com o vencedor das eleições presidenciais americanas, marcadas para a próxima terça-feira.

Diálogo

Pode-se falar que Cuba iniciaria um diálogo sem impor "nenhum tipo de condição, mas esclarecendo que não discutiremos nosso ordenamento interno, nossa Constituição e nossas leis, que são absoluta prerrogativa dos cubano"', enfatizou o chanceler.

O senador pelo Arizona e candidato republicano à Casa Branca, John McCain, diz ser a favor da manutenção do atual regime de sanções a Cuba, enquanto seu adversário democrata, o senador por Illinois Barack Obama, está disposto a modificá-lo e não descarta conversar com as autoridades de Havana.

A ilha espera que o próximo governo dos Estados Unidos "retifique a atual política, suspenda o bloqueio a Cuba, elimine as leis extraterritoriais, normalize as relações e aprove as propostas cubanas de cooperação na luta contra o tráfico de drogas e de pessoas", comentou o Pérez Roque.

"Nós estamos prontos para isso. Cuba deseja manter relações normais com os Estados Unidos", afirmou o ministro, que ressaltou que "Cuba não é uma ameaça, é um pequeno país".

O chefe da diplomacia cubana disse ainda que se Washington "pôde normalizar suas relações com países com os quais sustentou guerras terríveis, como o Vietnã, ou que foram rivais políticos e ideológicos, por que não poderia fazer o mesmo com um pequeno país vizinho que não constitui uma ameaça?".

"Rejeição internacional"

Para o chanceler cubano, votações como a de hoje demonstram a ampla rejeição internacional ao embargo americano, imposto em 7 de fevereiro de 1962 e à qual Havana se refere como "bloqueio", uma posição que, disse, se estende pela "sociedade americana adentro".

"Estamos dispostos a nos sentar com o próximo presidente dos Estados Unidos com base no respeito e na igualdade, não na qualidade de subordinados", observou.

Nesse sentido, frisou que nem no diálogo reaberto com a União Européia (UE) nem em contatos futuros com Washington a libertação de presos políticos estará em pauta.

"É um tema que não faz parte de nenhuma negociação, que tem a ver com o ordenamento jurídico cubano", afirmou.

"Cuba não proclama ter uma sociedade perfeita, ninguém a tem, todos temos coisas a resolver, a União Européia também. A União Européia tem opiniões sobre o que acontece em Cuba, Cuba tem opiniões sobre o que acontece na UE", disse.

"Podemos discuti-las em um plano de respeito e de trocas. Cuba foi dando passos que considera apropriados, ao ritmo que considera apropriado", concluiu Pérez Roque.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
avalie fechar
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
avalie fechar
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2850)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página