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04/01/2009 - 11h08

UE reitera pedido por cessar-fogo em Gaza; ONU fracassa em alcançar acordo

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da Folha Online

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Javier Solana, fez um apelo neste domingo por um cessar-fogo imediato na faixa de Gaza, afirmando que as nações europeias estão prontas para contribuir com uma missão de observadores internacionais para manutenção da paz.

"O cessar-fogo deve ser um cessar-fogo obedecido por todos e mantido com clareza", disse Solana em entrevista à rede de televisão britânica BBC.

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) concluiu reunião convocada neste sábado (4) sem conseguir qualquer acordo sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo na região, informou um diplomata em nome do organismo neste domingo.

Os esforços diplomáticos da comunidade internacional fracassaram até o momento em conseguir um cessar-fogo temporário entre Israel e o movimento islâmico radical Hamas já que nenhum dos dois lados acata as condições impostas. Israel quer garantias de que o Hamas interromperá de vez o lançamento de foguetes Qassam contra seu território e os militantes do grupo exigem a derrubada do bloqueio à região e abertura das passagens.

Neste domingo, o exército israelense opera na entrada da Cidade de Gaza, a dezenas de quilômetros da fronteira com Israel, informaram testemunhas. No nono dia consecutivo dos bombardeios israelenses contra alvos do movimento islâmico Hamas na região, as Forças de Defesa ampliam a ofensiva terrestre, considerada o segundo passo da grande ofensiva militar que deixou ao menos 460 mortos e cerca de 2.350 feridos.

Uma das principais possibilidades apresentadas pela comunidade internacional é a presença de observadores internacionais para a região, para garantir o cumprimento das condições impostas pelos dois lados.

Segundo Solana, a Europa está disposta a cooperar com outros membros da comunidade internacional. "Se necessário, a União Europeia pode participar com o envio de uma missão de observadores internacionais, mas isso não pode ser feito em 24 horas", disse Solana, pedindo por um cessar-fogo temporário, antes mesmo da chegada da missão.

ONU

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu por quatro horas para debates a portas fechadas. Logo depois, o embaixador francês, Jean-Maurice Ripert, que este mês preside o Conselho, disse que os membros do organismo não foram capazes de entrar em consenso sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo imediato em Gaza.

"Não houve acordo formal entre os países membros, mas notamos que houve bastante concordância quanto à preocupação sobre a escalada da violência e a deterioração da situação, além de um forte consenso quanto a um cessar-fogo imediato, duradouro e respeitado" pelas partes, afirmou Ripert após o término da reunião.

Foi a terceira reunião do Conselho de Segurança da ONU desde o início do conflito em Gaza, no último dia 27.

Desde então, Israel comanda uma grande ofensiva militar contra alvos do Hamas na faixa de Gaza, em bombardeios que destruíram diversos pontos vinculados ao Hamas, como ministérios, casas de ativistas, delegacias, mesquitas, a sede de uma ONG e edifícios da Universidade Islâmica e que já matou três importantes líderes do grupo.

Os bombardeios também destruíram diversas casas e boa parte da infraestrutura da faixa de Gaza, agravando a crise humanitária na região, alerta a ONU (Organização das Nações Unidas)

Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.

O presidente geral da Assembleia da ONU, o nicaraguense Miguel D'Escoto, classificou a incursão israelense como "uma monstruosidade". "E, mais uma vez, o mundo assiste consternado à disfuncionalidade do Conselho de Segurança", acrescentou D'Escoto.

 

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