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10/01/2003
-
09h44
A comunidade internacional condenou hoje a decisão da Coréia do Norte de se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O anúncio implica uma reunião imediata do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), presidido atualmente pela França.
Com a ameaça de abandono imediato do tratado, a Coréia do Norte pretende atenuar as pressões de Washington sobre a retoma do programa nuclear norte-coreano, no momento em que os norte-americanos estão concentrados nos preparativos de uma eventual guerra contra o Iraque.
A Coréia do Norte tem rejeitado as acusações de que pretende fabricar armas nucleares, afirmando que as atividades se destinam a fins pacíficos, como a produção de eletricidade.
No entanto, Pyongyang admite recuar na decisão de abandono do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, caso os EUA retomem os fornecimentos de combustíveis ao país.
O tratado limita as armas atômicas aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que são os EUA, Rússia, França, Reino Unido e China, proibindo a sua posse a todos os restantes signatários do acordo.
Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, disse que a decisão da Coréia do Norte é de extrema preocupação. "Nosso objetivo é claro: temos que garantir que a Coréia do Norte irá cumprir com os compromissos de não-proliferação. É uma condição crítica para a segurança e estabilidade na península coreana, na região e no mundo", afirmou.
O primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, exigiu que a Coréia do Norte voltasse atrás em sua decisão de se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. "Estamos profundamente preocupados. Vemos isto como uma questão muito séria."
"Nosso país, através da cooperação com os Estados Unidos, com a Coréia do Sul e outros países preocupados com a decisão da Coréia do Norte, assim como a Agência Internacional de Energia Atômica, vai exigir que a Coréia do Norte volte atrás em sua decisão", disse Koizumi.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Yakovenko, disse que a retirada da Coréia do Norte do tratado cria séria apreensão para os russos. "Estamos analisando a situação. O Ministério das Relações Exteriores está em contato com os envolvidos na questão", declarou Alexander.
A Coréia do Sul também manifestou "uma grande preocupação e desapontamento". "A saída da Coréia do Norte do tratado é uma ameaça séria à paz e à segurança na península coreana e se opõe completamente aos esforços de não-proliferação e esperanças da comunidade internacional", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul, em um comunicado.
A China, o aliado mais próximo da Coréia do Norte, manifestou preocupação hoje sobre a decisão do governo de Pyongyang. Mas o governo chinês evitou pedir que a Coréia do Norte voltasse atrás.
"Estamos preocupados. O tratado tem uma grande importância na prevenção da proliferação de armas nucleares e para garantir a paz internacional e a segurança. Esperamos continuar a promover a universalidade do tratado e continuaremos a promover uma resolução pacífica para o problema nuclear da Coréia do Norte", disse o Ministério das Relações Exteriores da China, em um comunicado.
Com agências internacionais
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da Folha OnlineA comunidade internacional condenou hoje a decisão da Coréia do Norte de se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O anúncio implica uma reunião imediata do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), presidido atualmente pela França.
Com a ameaça de abandono imediato do tratado, a Coréia do Norte pretende atenuar as pressões de Washington sobre a retoma do programa nuclear norte-coreano, no momento em que os norte-americanos estão concentrados nos preparativos de uma eventual guerra contra o Iraque.
A Coréia do Norte tem rejeitado as acusações de que pretende fabricar armas nucleares, afirmando que as atividades se destinam a fins pacíficos, como a produção de eletricidade.
No entanto, Pyongyang admite recuar na decisão de abandono do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, caso os EUA retomem os fornecimentos de combustíveis ao país.
O tratado limita as armas atômicas aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que são os EUA, Rússia, França, Reino Unido e China, proibindo a sua posse a todos os restantes signatários do acordo.
Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, disse que a decisão da Coréia do Norte é de extrema preocupação. "Nosso objetivo é claro: temos que garantir que a Coréia do Norte irá cumprir com os compromissos de não-proliferação. É uma condição crítica para a segurança e estabilidade na península coreana, na região e no mundo", afirmou.
O primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, exigiu que a Coréia do Norte voltasse atrás em sua decisão de se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. "Estamos profundamente preocupados. Vemos isto como uma questão muito séria."
"Nosso país, através da cooperação com os Estados Unidos, com a Coréia do Sul e outros países preocupados com a decisão da Coréia do Norte, assim como a Agência Internacional de Energia Atômica, vai exigir que a Coréia do Norte volte atrás em sua decisão", disse Koizumi.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Yakovenko, disse que a retirada da Coréia do Norte do tratado cria séria apreensão para os russos. "Estamos analisando a situação. O Ministério das Relações Exteriores está em contato com os envolvidos na questão", declarou Alexander.
A Coréia do Sul também manifestou "uma grande preocupação e desapontamento". "A saída da Coréia do Norte do tratado é uma ameaça séria à paz e à segurança na península coreana e se opõe completamente aos esforços de não-proliferação e esperanças da comunidade internacional", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul, em um comunicado.
A China, o aliado mais próximo da Coréia do Norte, manifestou preocupação hoje sobre a decisão do governo de Pyongyang. Mas o governo chinês evitou pedir que a Coréia do Norte voltasse atrás.
"Estamos preocupados. O tratado tem uma grande importância na prevenção da proliferação de armas nucleares e para garantir a paz internacional e a segurança. Esperamos continuar a promover a universalidade do tratado e continuaremos a promover uma resolução pacífica para o problema nuclear da Coréia do Norte", disse o Ministério das Relações Exteriores da China, em um comunicado.
Com agências internacionais
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