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21/01/2003 - 17h18

Bagdá tem "máquina de mentiras" para sustentar Saddam, dizem EUA

da Folha Online

Os Estados Unidos acusaram hoje o Iraque de explorar o islamismo e o sofrimento de seus cidadãos para sustentar o poder do presidente Saddam Hussein. Esta e outras acusações estão em um relatório de 32 páginas intitulado "Máquina de Mentiras".

Bagdá utiliza "um programa muito desenvolvido, com uma disciplina rigorosa e uma organização sofisticada para consolidar o apoio ao regime iraquiano por meio de enganações", diz o documento publicado pela Casa Branca.

O documento foi apresentado pelo subsecretário de Estado dos EUA, Richard Armitage, para quem Saddam "não se desarmará".

O documento acusa Bagdá de tentar inventar tragédias e explorá-las como propaganda ao construir propositadamente locais públicos, mesquitas e tesouros culturais nas proximidades de instalações militares -alvos considerados legítimos em caso de um conflito armado.

O texto também afirma que o Iraque causou danos voluntários a instalações civis para responsabilizar os EUA e o Reino Unido.

O documento ainda nega as acusações de Saddam de que o uso de armas com urânio empobrecido durante a Guerra do Golfo (1991) foi a causa de desenvolvimento de câncer e outras doenças em recém-nascidos. Para os EUA, as enfermidades se devem ao uso de armas químicas por parte de Bagdá.

Saddam é descrito no documento como um "homem não religioso e ateu", que explora a fé muçulmana e inventa mentiras.

Crise
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.

Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas. Washington e Londres dizem que o país continua tentando fabricar uma bomba atômica e seria capaz de disparar mísseis com ogivas químicas e nucleares 45 minutos após dadas as ordens. Bagdá também nega ter esses armamentos.

No dia 13 de novembro, o Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1.441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.

A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências". O grupo de trabalho possui 270 inspetores, de 48 países. Estarão trabalhando cem de cada vez.

No dia 21 de fevereiro de 2003 os inspetores de armas devem entregar ao Conselho de Segurança da ONU um relatório final sobre sobre a situação de armamento do Iraque.

Com agências internacionais


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