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24/01/2003
-
11h16
Senadores democratas consideraram ontem insuficiente as informações confidenciais apresentadas pela administração do governo de George W. Bush sobre as armas de destruição em massa do Iraque para justificar um ataque militar preventivo contra o governo de Saddam Hussein.
"Não há até o momento provas sólidas para lançar um ataque preventivo (contra o Iraque) e me parece prudente ter um regime de inspeções (de desarmamento) agressivo com a ajuda das informações de nossos serviços de inteligência", disse o senador democrata Kent Conrad, depois de uma reunião feita a portas fechadas com o Senado dos EUA.
A reunião, de caráter informativo, foi presidida pelos secretários Colin Powell (Estado) e Donald Rumsfeld (Defesa).
"Evidentemente, damos aos inspetores dados indicando para aonde devem ir", disse Conrad. O senador se negou a dar mais detalhes devido ao teor confidencial do encontro.
Na reunião, a administração Bush também deu informações adicionais para mostrar que o Iraque está violando seu compromisso de desarmamento, disse Conrad, sem especificar o que foi apresentado. Mas o senador disse que "essas informações provavelmente eram insuficientes para persuadir o governo francês ou outros aliados".
Crise
Em 7 de novembro, o Iraque entregou um relatório detalhado com as informações sobre as armas que afirmam possuir, incluindo armas químicas, nucleares e biológicas. O país afirma não possuir armas proibidas. O relatório iraquiano tem 11.807 páginas, 352 delas de anexos e 529 megabytes de dados de computador.
Os EUA afirmam ter "provas substanciais", incluindo dados não divulgados, de que o Iraque manteve e até acelerou seus programas de armas de destruição em massa, em desacordo com determinações das ONU.
No dia 27 de novembro, os inspetores de armas da ONU voltaram ao Iraque e retomaram os trabalhos de inspeção de armas de destruição em massa no país.
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
Com agências internacionais
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A reunião, de caráter informativo, foi presidida pelos secretários Colin Powell (Estado) e Donald Rumsfeld (Defesa).
"Evidentemente, damos aos inspetores dados indicando para aonde devem ir", disse Conrad. O senador se negou a dar mais detalhes devido ao teor confidencial do encontro.
Na reunião, a administração Bush também deu informações adicionais para mostrar que o Iraque está violando seu compromisso de desarmamento, disse Conrad, sem especificar o que foi apresentado. Mas o senador disse que "essas informações provavelmente eram insuficientes para persuadir o governo francês ou outros aliados".
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Em 7 de novembro, o Iraque entregou um relatório detalhado com as informações sobre as armas que afirmam possuir, incluindo armas químicas, nucleares e biológicas. O país afirma não possuir armas proibidas. O relatório iraquiano tem 11.807 páginas, 352 delas de anexos e 529 megabytes de dados de computador.
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No dia 27 de novembro, os inspetores de armas da ONU voltaram ao Iraque e retomaram os trabalhos de inspeção de armas de destruição em massa no país.
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O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
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