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13/02/2003 - 08h00

Coréia do Norte diz que seus mísseis podem atingir os EUA

da Folha Online

A Coréia do Norte disse hoje, por meio de uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores do país, Ri Kwang Hyok, que tem capacidade de atacar alvos americanos em qualquer lugar do mundo, se for provocada. O aviso norte-coreano ocorre um dia depois de a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) decidir levar seu caso ao Conselho de Segurança da ONU. As informações são da agência de notícias France Presse (AFP).

"Onde quer que eles estejam, podemos atacá-los", disse Ri. "Não há limite para nossa capacidade de atacar. A força do Exército do Povo Coreano pegará o inimigo onde quer que ele esteja", acrescentou.

Segundo a AFP, Ri teria dito que a Coréia do Norte possui mísseis de longo alcance. "Não sou especialista, então não tenho certeza, mas temos mísseis de longo alcance e nosso povo tem a capacidade de atingir inimigos bem longe."

Ontem, dois altos funcionários americanos disseram que a Coréia do Norte possui mísseis balísticos ainda não testados capazes de alcançar o oeste dos EUA. A afirmação foi feita ao comitê das Forças Armadas do Senado pelo vice-almirante Lowell Jacoby, diretor da Agência de Inteligência de Defesa, e depois confirmada pelo diretor da CIA (Agência Central de Inteligência), George Tenet, que o acompanhava.



Segundo Jacoby, o míssil norte-coreano é uma versão de três estágios do Taepo Dong 2. Relatórios de inteligência anteriores da CIA haviam dito que um míssil desse tipo provavelmente poderia levar uma carga do tamanho de uma arma nuclear através do oceano Pacífico. Tenet disse que a Coréia do Norte teria provavelmente "uma ou duas" armas nucleares primitivas.

Relatório divulgado pela CIA em dezembro de 2001 já dizia que o Taepo Dong 2 provavelmente estaria pronto para ser testado em breve. Dizia ainda que o míssil de três estágios poderia levar uma carga de centenas de quilos da Coréia do Norte a uma distância de cerca de 15 mil km, o suficiente para atingir quase todos os EUA.

Crise

A atual crise começou em outubro passado, quando os Estados Unidos declararam que Pyongyang mantinha um programa secreto para enriquecer urânio. Em dezembro, a Coréia do Norte expulsou os inspetores da AIEA encarregados de verificar se as instalações nucleares do país não funcionavam, seguindo um acordo assinado em 1994 com os Estados Unidos.

Em novembro, Washington suspendeu a entrega do combustível ao país, alegando que Pyongyang tinha reconhecido a existência de outro programa nuclear militar secreto, na base do urânio enriquecido. A Coréia do Norte se retirou do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Pyongyang, que pede negociações diretas com Washington e um pacto de não-agressão, advertiu que as sanções do Conselho de Segurança seriam recebidas com uma "declaração de guerra".

Com agências internacionais

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