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02/07/2009 - 12h10

Coreia do Norte lança quatro mísseis em poucas horas, diz Coreia do Sul

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da Folha Online

A Coreia do Norte realizou nesta quinta-feira quatro testes com mísseis de curto alcance em poucas horas e aumentou ainda mais as tensões no leste da Ásia. Há pouco mais de um mês, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis, um teste nuclear e ameaçou de ampliar seu arsenal atômico, em resposta às sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país.

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A Coreia do Norte disparou dois mísseis antinavio para fora de sua costa leste entre 17h20 e 18 horas (5h20 e 6h no horário de Brasília), que percorreram cerca de cem quilômetros até cair no mar, informou uma autoridade do setor de defesa da Coreia do Sul.

Reuters
Ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, estaria preparando sua sucessão no poder
Ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, estaria preparando sua sucessão no poder

Um terceiro míssil foi lançado após aproximadamente duas horas, às 19h50 (7h50 no horário de Brasília). Pouco depois, a agência de notícias sul-coreana Yonhap noticiou o lançamento de um quarto projétil.

Um jornal sul-coreano informou que a Coreia do Norte, um regime comunista empobrecido governado pelo ditador Kim Jong-il, pode também testar mísseis de médio alcance em questão de dias.

A ONU impôs sanções à Coreia do Norte depois de o país ter realizado um teste nuclear em 25 de maio. Analistas dizem que a aplicação das sanções, cujo objetivo é conter o comércio norte-coreano de armas, vai depender fortemente da China, seu parceiro comercial e maior fonte de ajuda.

O Japão condenou rapidamente o lançamento de mísseis. O país integra um grupo de seis nações que mantêm negociações com os norte-coreanos para pôr fim a seu programa nuclear, atualmente suspensas.

"Já vínhamos alertando que tal ato de provocação não é benéfico para o interesse nacional da Coreia do Norte", disse o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, segundo a agência local de notícias Kyodo.

Os lançamentos de mísseis de curto alcance ocorreram depois do horário de fechamento dos mercados financeiros da região, mas investidores no Leste da Ásia já estão acostumados com essas ações norte-coreanas e tendem a não se deixar afetar pela tensão regional.

Analistas dizem que eles provavelmente entrariam em pânico somente se houvesse um conflito militar na península coreana, onde 2 milhões de soldados estão distribuídos ao longo da fronteira entre as duas Coreias, uma das mais fortemente armadas do mundo.

Sanções

O governo norte-americano informou esta semana que reforçou seu controle sobre empresas ligadas ao lucrativo negócio de proliferação de mísseis desenvolvido pela Coreia do Norte --uma grande fonte de renda para esse país empobrecido.

Os Estados Unidos também enviaram à Ásia, para conversações, seu encarregado dos assuntos relacionados a sanções.

A China informou nesta quinta-feira que está mandando seu enviado para os quatro países que integram o grupo de negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, do qual também fazem parte a Coreia do Sul, Japão, EUA, Rússia. O outro membro, a própria Coreia do Norte, não está no itinerário do representante chinês.

"A China tem consistentemente defendido o diálogo e a consulta, e a obtenção da desnuclearização da península coreana por meio do processo de conversações do grupo de seis países", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Qin Gang, falando a jornalistas.

Alerta

Na semana passada, a Coreia do Norte alertou aos países da região que realizaria um exercício militar de disparo na costa da cidade de Wonsan, leste do país, entre os dias 25 de junho e 10 de julho. O alerta foi visto pelo Japão como indicação de que faria um novo lançamento de míssil, após causar uma escalada da tensão regional com o teste de diversos mísseis de longo alcance e um teste nuclear, em 25 de maio passado.

A Coreia do Norte proibiu ainda a navegação de navios nesta mesma região. Nesta quarta-feira, o regime comunista reiterou o alerta às autoridades japonesas.

Os serviços da Inteligência da Coreia do Sul já tinham informado no mês passado que o regime comunista estava se preparando para o teste de vários mísseis, incluindo de longo alcance.

O porta-voz do governo japonês, Takeo Kawamura, disse à época, em entrevista coletiva, que o Japão não descartava a possibilidade de a Coreia do Norte lançar de forma iminente vários mísseis de curto e médio alcance perto do dia 4 de julho, por causa das comemorações da independência dos Estados Unidos.

O jornal sul-coreano "JoongAng Ilbo" havia antecipado, citando fontes na inteligência da Coreia do Sul, que a Coreia do Norte provavelmente lançaria mísseis de curto e médio alcance no início de julho.

Comentários dos leitores
J. R. (1159) 21/11/2009 17h42
J. R. (1159) 21/11/2009 17h42
Logo se vê que Israel encontrou um adversário à altura no O.M., pois contesta até mesmo que o Irã lance um satélite em 2011 acusando o mesmo de propósito de espionagem. Interessante, e não tem nenhum prêmio nobel no Irã, cadê o nobel como fator determinante de supremacia racial? Talvez a auto-premiação não seja uma coisa boa afinal ... sem opinião
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eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h12
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h12
A coréia do Norte esta certíssima, não dorme enquanto o inimigo esta acordado. Se querem retirar do mundo as armas nucleares comecem com quem tem. Eua e sua compania estão armados até os dentes. Principalmente o Eua mostra que usa bombas nucleares mesmo, e o Japão que se cuide, esta abrigando dentro de sí, o maior trairá que existe. Aqui no Brasil já fomos alvo de ataques pequenos, com outros tipos de armas, o ideal seríamos ter bombas nucleares, caso fossemos atacados de forma mais brutal. Pela liberdade de defesa, quem possui armas nucleares, não podem se intrometer com aqueles que querem possuir também. 1 opinião
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J. R. (1159) 01/11/2009 06h50
J. R. (1159) 01/11/2009 06h50
O impositivo acordo que FHC aderiu para nosso país nos tira do alvo do clube nuclear, controlado pelos nazisionistas do eixo que dominam o mundo. Agora dizem que nem mesmo a proibição de armas nucleares prevista na constituição é suficiente, a intromissão começa a passar dos limites. Qualquer reação ou declaração, como foi a do Bolsonaro para construir bomba, constitui um argumento para o início de uma perseguição, que o Brasil já foi alvo anteriormente, por parte do "não tão aliado assim" U-S-A; de maneira que as autoridades brasileiras devem evitar declarações polêmicas que sirvam de "carvão" para os "candinhas" da AIEA prejudicarem nosso país. "Brasil é pressionado a aceitar inspeções intrusivas a programa nuclear." 56 opiniões
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