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19/07/2009 - 09h03

Zelaya adia retorno a Honduras em seis dias; negociação continua hoje

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da Folha Online

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, aceitou o pedido do presidente costarriquenho, e mediador da crise política no país, Oscar Arias, e adiou até a próxima sexta-feira (24) o seu retorno a solo hondurenho. A decisão foi tomada após um dia de intensa negociação que acabou sem acordo entre a delegação de Zelaya e os representantes do presidente interino, Roberto Micheletti.

"Aceitamos de início a sugestão de dia e hora para o retorno do presidente Zelaya a nossa República, sexta-feira, 24 de julho deste ano", disse a ministra de Energia de Zelaya, Rixi Moncada, que faz parte de sua delegação em Honduras.

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A delegação de Zelaya concordou ainda em manter as discussões por uma solução para a crise neste domingo, apesar do ultimato do presidente deposto de que o prazo para o diálogo seria a meia-noite deste sábado.

"Concordamos que amanhã continuam as deliberações", explicou Arias, diante da falta de um consenso sobre a questão central no diálogo: a restituição de Zelaya ao poder.

"Certamente há muitas diferenças", afirmou o mediador, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1987 por mediar conflitos na região. "É preciso um esforço de flexibilidade para acertas as posições", completou.

Arias propôs neste sábado a restituição de Zelaya, a antecipação das eleições e uma anistia para crimes políticos.

A primeira das sete propostas apresentadas pelo presidente costarriquenho aos delegados de Zelaya e do governo interino de Roberto Micheletti, reunidos na residência presidencial costarriquenha, é a volta daquele ao poder até o final do período constitucional para o qual foi eleito, no dia 27 de janeiro.

Arias, que disse contar com o apoio da comunidade internacional, propôs também a formação de um
"governo de união e reconciliação nacional, composto por representantes dos principais partidos políticos" e uma "anistia geral exclusivamente para todos os crimes políticos cometidos em ocasião deste conflito, antes e depois de 28 de junho".

A proposta de um governo de união foi bem vista pela delegação de Zelaya, mas o governo de Micheletti rejeitou o acordo como violação à lei.

A Zelaya e ao seu governo, exigiu a "renúncia expressa" de sua pretensão de colocar uma quarta urna nas próximas eleições, destinada a consultar os eleitores se estão de acordo com a reforma da Constituição ou se querem realizar qualquer consulta "não autorizada expressamente pela Constituição da República de Honduras".

Arias também propõe que sejam antecipadas para o último domingo de outubro as eleições marcadas inicialmente para 29 de novembro, e que o comando das Forças Armadas seja transferido do Poder Executivo para o Supremo Tribunal Eleitoral "um mês antes das eleições, para efeitos de garantir a transparência e a normalidade do processo eleitoral".

Por fim, propõe a formação de uma comissão de verificação composta por "hondurenhos notáveis e membros de organismos internacionais, em especial por representantes da Organização de Estados Americanos" que vigie o cumprimento destes acordos e supervisione o retorno à ordem constitucional.

Aos rivais políticos, lembrou que estes são "os sete acordos pedidos por mais de sete milhões de hondurenhos' e lembrou a eles o "estrago" que está sendo causado.

"Sem ajuda econômica, sem comércio exterior, sem reconhecimento dos organismos internacionais, condena-se ao isolamento uma nação que caminha em meio às nuvens da incerteza", disse em seu discurso intitulado "É possível alcançar a reconciliação".

Golpe

Micheletti foi designado para a Presidência pelo Congresso Nacional, após o a derrubada de Zelaya pelo Exército, com apoio da Suprema Corte e do Parlamento, em 28 de junho passado.

Desde então, seu governo, que não foi reconhecido por nenhum país, sofre com a rejeição internacional, e se apoia em uma aparente coesão entre os poderes no país para manter-se no poder até o início do próximo ano, quando deve assumir o presidente eleito nas eleições previstas para novembro.

Zelaya foi deposto na madrugada do dia em que pretendia realizar a votação sobre mudanças constitucionais que, segundo os opositores, tinha como objetivo eliminar a proibição à reeleição. O presidente deposto nega essa intenção, descartando ter sido enquadrado de forma adequada à pena de perda de mandato prevista na Constituição hondurenha para quem tentar remover essa barreira.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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