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Irã diz que executará em breve mais nove manifestantes da oposição
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da France Presse, em Teerã (Irã)
da Folha Online
O Irã vai executar em breve nove manifestantes da oposição acusados de tentar derrubar o regime islâmico, anunciou nesta terça-feira Seyyed Ebrahim Raisi, primeiro adjunto do chefe da autoridade judicial iraniana, citado pela agência Fars.
"Cada um deles está vinculado a uma corrente contrarrevolucionária e participou nos distúrbios com o objetivo de derrubar o regime", declarou Raisi em uma reunião política em uma mesquita de Qom.
O Irã já executou na quinta-feira passada (28) duas pessoas condenadas por participar dos protestos da oposição reformista iniciados em junho passado, após a contestada reeleição do presidente do país, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad.
Até o momento, mais de cem opositores foram julgados e o governo anunciou cinco sentenças de pena de morte e outros 80 a prisão por períodos de entre seis meses e 15 anos por envolvimento com os protestos.
Os opositores foram julgados e acusados como Mohareb (inimigo de Deus), um delito da jurisprudência islâmica que o Irã castiga com a pena de morte.
"Os dois homens executados e os nove que serão executados em breve foram detidos durante distúrbios", disse Raisi.
Distúrbio é o termo usado pelo governo para classificar as manifestações antigovernamentais dos últimos meses.
Protestos
Com a imprensa controlada pelo Estado, os rumores que correm pela internet e pelas ruas do país indicam que as mobilizações vão se repetir no próximo 11 de fevereiro, data que marca o 31º aniversário do triunfo da Revolução que derrubou a monarquia do último xá da Pérsia, Mohamad Reza Pahlevi.
O ultraconservador presidente foi reeleito em pleito do dia 12 de junho passado, com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos.
A maioria deles já foram libertados, mas mais de 80 foram condenados à até 15 anos de prisão por participação nos protestos e na violência após o pleito, segundo o Judiciário. Cinco pessoas foram condenadas à morte.
A oposição chegou a denunciar abusos nos presídios contra os opositores, mas a acusação foi rejeitada por Teerã
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
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